Deus e César na Bahia colonial: a Ordem do Carmo e as centralizações régia e episcopal, séc. XVIII

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Silva, Leandro Henrique Ferreira Lima da
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8138/tde-05052023-154955/
Resumo: O século XVIII representou um momento de esforços de centralização de poder régio e episcopal na América Portuguesa. Por um lado, as medidas regalistas de D. João V e posteriormente de D. José I buscaram definir e expandir a jurisdição do Estado monárquico, limitar a da Igreja e cooptar corpos eclesiásticos para suas políticas. Por outro, os prelados diocesanos buscaram expandir afirmar sua autoridade por meio do controle da confissão, da pregação e da administração de sacramentos no geral diante do clero. Tendo em vista o contexto do padroado régio sob o qual se desenvolveu a Igreja colonial, conceitos como disciplinamento social e confessionalização permitem uma clara percepção do quão importante tais disputas podem alcançar e o significado que podem assumir. Embora enviado à América pela Coroa para o serviço missionário, o clero regular não deixou de ser considerado um corpo centrífugo aos desígnios centrípetos das autoridades. Nesta pesquisa, analisamos como este processo se deu entre os frades da Província do Carmo da Bahia, religiosos de perfil tipicamente urbano sob os quais pesavam acusações - de autoridades civis e eclesiásticas - de viverem fora dos conventos, com hábitos pouco compatíveis com a observância regular.