Espaço e evento: considerações críticas sobre a arquitetura contemporânea

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2008
Autor(a) principal: Sperling, David Moreno
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/16/16136/tde-04032010-161052/
Resumo: Esta tese de doutorado reflete sobre a possibilidade de existência de um campo de mobilidade para a ação crítica da arquitetura no mundo contemporâneo, marcado por consensos nas esferas social, econômica, política e cultural. O trabalho toma como noções fundamentais para as suas proposições os termos espaço e evento (e noções que eles ativam: experiência, sujeito, corpo, tempo), a partir dos quais lança as seguintes hipóteses. A primeira, a de que a noção de evento, segundo a filosofia de Alain Badiou, traria abertura para investigações críticas sobre o projeto e práticas de espacialização na arquitetura contemporânea. E a segunda, a de que esta noção levaria à reconsideração da relação entre estética e política no campo da arquitetura. O trabalho toma como seu ponto de partida a sistematização e problematização da teoria crítica de arquitetura de Bernard Tschumi baseada na relação espaço-evento. Num segundo momento, procura elucidar como uma certa noção de evento foi apropriada pela esfera cultural contemporânea e apresentar as lógicas com que ele aparece não só nesta esfera, mas em uma arquitetura que extensamente tem se transformado em sua correlata. A análise das duas concepções anteriores da relação espaço-evento sinaliza a necessidade de investigação de outros campos de ação crítica para a arquitetura e mesmo para a própria relação espaço-evento. Realizamos num terceiro momento, a proposição da arquitetura (dos processos de espacialização e das espacialidades que estes engendram) como espaço eventural, tendo como mediação o pensamento do filósofo francês contemporâneo Alain Badiou sobre o evento e mais especificamente sobre o evento político e o espaço no qual este toma lugar.