Quando a realidade cruza o imaginário: aplicabilidade da arquitetura móvel nas cidades contemporâneas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Daitx, Maíra Cristo
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/102/102132/tde-04092017-121855/
Resumo: Nos últimos anos temos observado um aumento na participação das tecnologias digitais na realização de atividades cotidianas, na acessibilidade à informação e assim, um aumento das possibilidades de escolha. As cidades, com o auxílio de sistemas de comunicação - informacional e de pessoas -, passam a dispersar seus núcleos especializados, polos atrativos de mão de obra, e reforçar sua condição de espaço de fluxos espaços em/de transformação e em/de deslocamento possibilitando outras morfologias de produção do espaço urbano. A fluidez passa a ser sinônimo de instabilidade quando o indivíduo, em decorrência de pressões socioeconômicas e culturais marcadas pelo movimento, adapta seus hábitos a condições cada vez mais flexíveis, no campo pessoal e profissional, e também em sua relação com esse espaço. Novas formas de apropriação do urbano, mais individualizadas e carregadas de efemeridade, tornam-se características de uma sociedade hoje marcada pelo movimento e pela rapidez no recebimento de informações. Pequenos grupos sociais itinerantes com características comuns de comportamento, os chamados nômades pós-modernos ou globais, são norteados, principalmente, por exigências profissionais de uma economia mundializada, facilitadas pelo desenvolvimento das tecnologias de comunicação. Formas revisitadas de concepção da cidade e do edifício, tal qual a mobilidade do espaço, tornam-se possíveis pelo avanço tecnológico, mas também com embasamento sociocultural destes grupos, criando meios de apreensão temporal inéditos e novas formas de apropriação do espaço urbano que colocam em questão os limites que uma sociedade altamente mobilizada deve superar, de modo a explorar sua liberdade temporal e espacial. Este estudo objetiva melhor compreender as possibilidades atuais para morfologias urbanas e tipologias móveis na formação das cidades, analisando se a partir delas pode-se observar um aumento da temporariedade na relação do objeto com seu entorno (o urbano) e um desprendimento de ambas as formas de produção do espaço