Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Gonçalinho, Gustavo Henrique Ferreira |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/6/6138/tde-09122019-102735/
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Resumo: |
Introdução: Embora diversos mecanismos indiquem o papel cardioprotetor dos ácidos graxos ômega-3 (AG n-3), há controvérsias quanto seu impacto nos desfechos cardiovasculares. Nós hipotetizamos que os AG n-3 das membranas eritrocitárias refletem melhor o consumo e metabolização desses AG, permitindo identificar seus reais benefícios cardiovasculares. Objetivo: Associar os AG n-3 com biomarcadores cardiometabólicos e com o risco cardiovascular (RC) global. Métodos: Estudo transversal baseado no ensaio clínico CARDIONUTRI (n=356), com indivíduos de ambos os sexos (30-74 anos) e com pelo menos um dos seguintes fatores de risco: tabagismo, hipertensão, dislipidemia, diabetes mellitus ou obesidade. Foram analisados o lipidograma, subfrações de lipoproteínas, LDL(-), glicemia, HbA1c, insulina, HOMA-IR e biomarcadores de inflamação. Os AG dos eritrócitos foram analisados por meio de cromatografia gasosa. O RC global foi estimado pelos escores de Framingham (ERF), Reynolds (ERR) e da ACC/AHA 2013. Os resultados obtidos foram analisados no programa estatístico SPSS v.20.0 e Stata v.14.0. Resultados: Indivíduos com AG n-3 >6,24% e com razão n-6/n-3≤1,27 apresentaram menos colesterol não-HDL, Apo B, TG, LDL(-) e maior tamanho de LDL. O total de AG n-3 foi associado a menor RC estimado pelo ERF (OR=0,811; IC95%=0,675-0,976) e o padrão de membranas que contém mais n-6 e menos n-3 foi associado a maior risco (OR=1,469; IC95%=1,056-2,043). Perfil semelhante foi associado a maior RC estimado pelo ERR (OR: 1,276; IC95%=1,010-1,612), enquanto o padrão oposto, com mais n-3 e menos n-6, foi associado a menor RC (OR=0,747; IC95%=0,589-0,948). Não houve associações significativas com o RC estimado segundo o ACC/AHA 2013. Conclusão: Membranas eritrocitárias com mais AG n-3 e menos n-6 foram associadas a um perfil lipídico com menos lipoproteínas aterogênicas, menos TG e menor modificação da LDL. Esse perfil reduziu a chance de os indivíduos apresentarem RC moderado ou alto estimado pelos Escores de Risco de Reynolds e de Framingham. |