Efeitos dos ácidos graxos ômega-3 na progressão do câncer de próstata

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Amaro, Gustavo Matheus
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/192715
Resumo: O câncer de próstata (CaP) é um dos tipos mais recorrentes de câncer em homens e o consumo excessivo de lipídeos saturados favorece o seu desenvolvimento. Ao contrário, dietas ricas em ácidos graxos poli-insaturados (PUFA) tipo ômega-3 (n-3) tem sido associadas com menor incidência do CaP. O presente trabalho avaliou as repercussões do consumo de ácidos graxos PUFAs n-3 da série marinha, ácido docosahexaenoico (DHA) e ácido eicosapentaenoico (EPA), sobre a progressão tumoral na próstata ventral de camundongos transgênicos para o adenocarcinoma de próstata (TRAMP). Camundongos TRAMP foram alimentados com dieta padrão e eutanasiados com 8 (C8), 12 (C12) e 20 (C20) semanas de vida ou então alimentados com uma dieta rica em óleo de peixe (10% óleo de peixe) a partir da oitava semana de vida e então eutanasiados com 12 (T12) ou 20 semanas (T20). Os resultados adquiridos demonstraram o aumento na proliferação celular bem como na expressão tecidual do receptor de andrógeno (AR) e glicocorticoide (GR) e no número de linfócitos T na próstata dos grupos controles conforme o aumento da idade e da agressividade das lesões. A intervenção dietética com PUFAs n-3 proporcionou a preservação do microambiente glandular levando a uma menor frequência de lesões proliferativas, indicando um atraso na progressão tumoral, onde foi observado níveis de proliferação celular, da expressão tecidual de AR e GR e de linfócitos T inferiores que seus controles de mesma idade. Ainda, o consumo de DHA/EPA promoveu uma melhora no perfil metabólico dos animais que apresentaram uma redução nos níveis de triglicerídeos e colesterol. Assim, concluímos que a incorporação de DHA/EPA na dieta é capaz de reduzir a severidade da doença, levando ao atraso da progressão tumoral, destacando que a intervenção dietética é um mecanismo eficaz de modular a progressão tumoral, podendo ser utilizada em novas abordagens terapêuticas para o CaP.