Conhecimento de cirurgiões dentistas diante das doenças periodontais

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2003
Autor(a) principal: Davanço, Simone Aparecida
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/6/6135/tde-12122023-192315/
Resumo: O aumento do conhecimento do processo saúde-doença da cárie e da doença periodontal, morbidades de maior prevalência na cavidade bucal, tem mostrado que ambas podem ser prevenidas. O modelo de universalidade da doença periodontal tem cedido espaço a uma visão que compactua com a ocorrência de apenas 5 a 20% de periodontite avançada. Esta redução está associada a uma interação complexa entre infecção bacteriana e resposta do hospedeiro, atuando os fatores de risco (stress, fumo, diabete, alterações hormonais, entre outros) significativamente no processo e estabelecimento da progressão da doença. Se de um lado evidencia-se na fala freqüente dos dentistas o fato da população ser pobre, não estar interessada consigo mesma, e que, portanto, tratar dos dentes não pode ser prioridade; por outro lado é imprescindível que o dentista tenha conhecimento sobre as diversas dimensões das doenças periodontais (etiologia, diagnóstico, características clinicas, prevenção e tratamento), pois é seu papel realizar diagnóstico e plano de tratamento, pois atua no nível da assistência, onde se encontra o exercício integral das práticas clínicas. Por meio de um questionário buscou-se identificar o conhecimento dos cirurgiões dentistas sob o ponto de vista periodontal. Participaram da pesquisa 221 dentistas que freqüentavam os cursos das Associações Paulistas dos Cirurgiões Dentistas dos municípios de Santo André, São Bernardo do Campo e São Caetano do Sul, em dezembro de 2002. Os resultados do trabalho mostraram que o nível de conhecimento dos profissionais em todas as dimensões propostas variou entre bom e ótimo. No entanto, tal conhecimento não pode ser traduzido como melhoria da saúde da população, evidenciando um paradoxo: o Brasil, país que concentra aproximadamente 11% dos dentistas de todo o mundo, ainda é conhecido como o país dos desdentados. Pesquisas futuras são necessárias a fim de saber se o conhecimento adquirido tem se transformado em prática. E ainda, estudar criteriosamente os currículos das faculdades, redirecionando a formação, utilização e distribuição dos recursos humanos, a fim de que mudanças conduzam a melhoras na saúde bucal da população.