Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Franzo, Vamilton |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11139/tde-22062020-133229/
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Resumo: |
No melhoramento genético clássico, a abordagem quantitativa é a mais utilizada e modelos que explicam as variâncias genéticas, são extremamente dependentes do correto controle do meio onde os animais estão inseridos, o qual dentro do ambiente aquático torna-se complicado, devido a difícil manipulação e identificação dos animais, e ainda, algumas características produtivas não são possíveis de quantificar nos animais ainda vivos, essas características importantes então são quantificadas por meio de seus descendentes, tornando o processo demorado e oneroso. O objetivo desse trabalho foi avaliar a endogamia e valor genético em populações simuladas de peixes da espécie Colossoma macropomum (tambaqui), em programas de melhoramento genético conduzido pela metodologia de modelo animal, antes e depois da introdução de animais silvestres. Para tanto, foram simulados 100 repetições para quatro populações de produção de alevinos comerciais para peixes tambaquis, considerando-se três herdabilidades (h2) em 0,15, 0,30 e 0,45. As populações foram desenhadas para simular cenários realísticos de criatórios que não fazem seleção genética (NS); que realizam seleção fenotípica (PHE) e duas em seleção pelo modelo animal com acasalamento entre semelhantes, mas que se diferenciam na condução de acasalamento entre indivíduos aparentados, em uma ocorreu restrição no acasalamento entre parentes (EBVLF) e na outra não (EBVHV). Durante 10 gerações essas populações foram mantidas fechadas, e com diferentes \'delineamento\' de reposição. As populações NS e PHE utilizaram relação de dois machos para cada fêmea desovada e realizavam reposição de 25% por geração; nas populações sob seleção pelo modelo animal foi utilizado um macho para cada fêmea e a reposição era total a cada geração. Na décima geração foram comparados os coeficientes de endogamia (F) e valores genéticos (VG) entre essas populações. As populações NS, PHE e EBVLF apresentaram em média 6,2% de taxa de endogamia, independentemente da herdabilidade da característica, inferiores à população EBVHV (p<0,0001; teste de Tukey), apresentando 11,6%, 11,5% e 12,1% de endogamia para h2 de 0,15, 0,30 e 0,45, respectivamente. Acasalamentos entre semelhantes e com restrição na formação de casais aparentados, foram eficientes na contenção da F na seleção pelo modelo animal. Não houve ganho genético na população NS, a população PHE apresentou pequeno ganho genético crescentes com o aumento da h2 em 0,23, 0,48 e 0,78. O VG para seleção pelo modelo animal foi 21,8 vezes superior à seleção fenotípica para h2 de 0,15 e com vantagens de 1,45% para EBVLF em relação EBVHV. Para h2 de 0,30 o modelo animal foi 14,9 vezes superior à seleção fenotípica e com diferença de 0,9% a favor da população EBVLF em relação à EBVHV. Para h2 de 0,15, a seleção pelo modelo animal foi 11,2 vezes superior que a seleção fenotípica, apresentando também vantagens de 1,1% para a população EBVLF em relação à EBVHV. Na décima geração foram introduzidos na NS 50% animais oriundo de PHE, formando a população secundária NS50PHE, e 50 % de animais vindos da população em seleção pelo modelo animal em EBVLF, formando a população NS50EBV; a população sob seleção fenotípica recebeu 50% de animais silvestres PHE50S e 50% de animais sob seleção pelo modelo animal, PHE50EBV; nas populações sob seleção pelo modelo animal foram introduzidos duas quantidades de animais silvestres, 25% e 50%, formando as populações secundárias EBVLF25S, EBVLF50S e EBVHV25S e EBVHV50S. Simulou-se então mais 10 gerações; seguindo com as quatro populações originais e as secundárias, novamente foram avaliados as diferenças em F e VG entre essas populações. Na população NS, não houve aumentos em F e VG na população original; a introdução de selecionados pelo fenótipo e modelo animal diminuiu F e a população NS50EBV apresentou elevação no VG após a introdução, sem apresentar ganhos genéticos em gerações subsequentes. O F acumulado da população selecionada pelo fenótipo diminui em baixa herdabilidade, mas aumentou para média e alta herdabilidade passando à apresentar ganhos genéticos com a entrada de selecionados por modelo animal, e ganhos menores com a entrada de selecionados pelo fenótipo. A introdução de animais silvestres nas população selecionadas por modelo animal, EBVLF e EBVHV, resultaram em aumento na F por geração para as duas quantidades de substituições por animais silvestres, principalmente quando a características é de baixa herdabilidade, com consequente diminuição do VG das populações, quando comparados à população original sem introdução. A inclusão de peixes silvestres não diminui a F das populações, pelo contrário, reduz a variabilidade genética, provocando efeitos negativos sobre os ganhos genéticos. Por outro lado, a introdução de animais de programas de seleção, com base no modelo animal, melhoram o ganho genético e reduz os valores de F das populações receptoras. |