Ensino superior, escolha e racionalidade: os processos de decisão dos universitários do município de São Paulo.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2003
Autor(a) principal: Moretto, Cleide Fátima
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/12/12138/tde-25042003-143715/
Resumo: O estudo parte da constatação de uma dicotomia observada entre o modelo formal da teoria do capital humano, que justifica a tomada de decisão por meio do investimento em educação, e as evidências empíricas dos estudos que corroboram tal modelo. Identifica que a base daquele modelo formal, a teoria neoclássica da escolha racional, distancia-se do tipo real de homem econômico racional e, portanto, do investidor típico em capital humano, na medida em que desconsidera os limites que lhe são apresentados em termos de informação incompleta, de capacidade de processar a informação e da influência do meio social no comportamento individual. O estudo sugere a abordagem da racionalidade comportamental da economia psicológica, como uma alternativa metodológica à concepção de racionalidade envolvida no paradigma do capital humano como forma de análise do processo de escolha do ensino superior . Examina os processos de decisão dos universitários do município de São Paulo, identificando fatores associados à racionalidade comportamental, tais como a escolha no tempo, a incerteza, o nível de informação, as influências das diferentes situações e instituições no comportamento e as expectativas de atuação profissional futura. Busca apreender a realidade dos processos de escolha, no momento imediato da tomada de decisão do universitário por meio de uma pesquisa de levantamento, baseada numa amostragem não probabilística por quotas. A pesquisa totaliza o resultado de 2 131 questionários aplicados aos universitários ingressantes em 33 cursos de graduação de cinco universidades do município de São Paulo. Como evidências encontradas no comportamento dos universitários pesquisados, identifica que, em termos gerais, eles tendem a ser orientados para o presente, estar parcialmente informados, a serem influenciados pela realização pessoal e pelas oportunidades no mercado de trabalho, e pouco influenciados pela família, e a afirmarem que estão satisfeitos ou certos com a escolha feita. Aponta, nesses termos, para a possibilidade de dissonância cognitiva no comportamento dos alunos pesquisados.