Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Silva, Rafael Rocha Mól |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5131/tde-29112022-134610/
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Resumo: |
Introdução: Efeitos não fisiológicos da circulação extracorpórea (CEC) associados à proteção miocárdica inadequada têm implicações na função ventricular esquerda resultando em diferentes graus de comprometimento. Intervenções sem o auxílio desse circuito, direcionadas a minimizar essas condições, têm resultados pouco conhecidos em longo prazo. Objetivo: Nosso objetivo foi avaliar a evolução da fração de ejeção do ventrículo esquerdo (FEVE) em seguimento de longo prazo de pacientes portadores de doença arterial coronariana (DAC) estável submetidos à revascularização cirúrgica com CEC (CCEC) e sem CEC (SCEC). Metodologia: Análise préespecificada do estudo MASS III. Trata-se de estudo unicêntrico, prospectivo, intervencionista, incluindo pacientes com DAC multiarterial estável e função ventricular esquerda preservada, randomizados para CCEC e SCEC. Uma avaliação da FEVE antes da randomização e uma nova medida no final do seguimento por meio do ecocardiograma transtorácico foram utilizadas para a composição do desfecho primário. Resultados: Dos 308 pacientes randomizados para CCEC (n=155) ou SCEC (n=153), 225 tiveram uma nova avaliação da FEVE em uma média de 5,9 anos de seguimento: 113 para CCEC e 112 para SCEC. As características basais foram semelhantes entre os grupos, exceto por maior proporção de pacientes triarteriais e com isquemia documentada no grupo CCEC. Além disso, o número de enxertos por paciente foi maior no grupo CCEC versus SCEC (3,2 e 2,6 respectivamente; P<0,001) e a taxa de revascularização incompleta (RI) foi de 11,5% e 30,4%, respectivamente para CCEC e SCEC (P=0,003). Não houve diferença na FEVE inicial (P=0,08) entre os grupos CCEC (66%; IQR 60-70) e SCEC (70%; IQR 60-70), bem como na FEVE final (60%; IQR 50-64 para CCEC e 60%; IQR 55-66 para SCEC; P=0,18). Por outro lado, foi observada uma diminuição da FEVE em ambos os grupos cirúrgicos (P<0,001). Apesar dessa redução, observou-se que o declínio não apresentou diferença estatística entre os grupos (delta de -6%; IQR -13-0 para CCEC e -5%; IQR -12-0 para SCEC; P=0,78). Em toda a coorte, a presença de um novo infarto do miocárdio (OR: 4,64; IC 95%: 1,21-17,69; P=0,02) e o pico pós-operatório de creatinofosfoquinase fração MB (CK-MB) (para cada 10 ng/mL) (OR: 1,09; IC 95%: 1,02-1,10; P=0,008) foram os únicos preditores independentes para a ocorrência de FEVE 40% neste seguimento. Revascularização incompleta (OR: 1,56; IC 95%: 0,51-4,80; P=0,43) e a técnica CCEC (OR: 0,90; IC 95%: 0,39-2,07; P=0,81) não se associaram a disfunção ventricular em longo prazo. Conclusão: Embora observada uma discreta queda da função ventricular, não houve diferença na evolução em longo prazo da FEVE entre os grupos CCEC e SCEC. O xiv pico de liberação pós-operatória de CK-MB e a ocorrência de IAM no seguimento foram os únicos preditores independentes de disfunção ventricular nesta amostra |