Aplicação do mapa T1 para avaliação estrutural do miocárdio após revascularização cirúrgica com e sem circulação extracorpórea: estudo com ressonância magnética cardíaca

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Dallazen, Anderson Roberto
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5131/tde-13122022-162457/
Resumo: Introdução: A associação entre a liberação de marcadores de necrose e dano estrutural miocárdico, após cirurgias de revascularização, na ausência de infarto agudo documentado (novo realce tardio), permanece incerta. Objetivo: Aplicar o Mapa T1 para avaliação estrutural do miocárdio antes e após cirurgias de revascularização com e sem circulação extracorpórea (CEC) e relacionar seus valores com a liberação de marcadores de necrose miocárdica. Métodos: Setenta e seis pacientes com doença arterial coronariana multiarterial estável e função ventricular sistólica preservada, foram incluídos nesta análise. Pacientes com realce tardio ou edema nas ressonâncias pré e/ou pós-procedimentos foram excluídos do estudo. Mapeamento T1, troponina I (TnI), creatino-fosfoquinase fração MB-Massa (CKMB-Massa) e dimensões e função ventricular foram mensurados antes e após os procedimentos. Resultados: Dos 76 pacientes incluídos, 44 foram submetidos à cirurgia de revascularização miocárdica sem CEC e 32 com CEC; 52 eram homens (68,4%), a média de idade foi 63 ± 8,5 anos. Nos dois grupos, a mediana dos valores de T1 nativo foi semelhante antes e após as cirurgias. Houve um aumento significativo dos valores da fração de volume extracelular (ECV), após os procedimentos, explicado pela diminuição dos níveis dos hematócritos relacionados às cirurgias. O coeficiente de partição lambda não apresentou diferença significativa de seus valores, após as cirurgias em nenhum dos dois grupos. As médias do pico de liberação de TnI e CKMB massa foram significativamente maiores após as cirurgias com CEC quando comparadas às sem CEC (3,55 [2,12 4,9] vs 2,19 [0,693,4], P = 0,009 e 28,7 [18,255,4] vs. 14,3 [9,3 29,2], P = 0,009, respectivamente). A fração de ejeção do ventrículo esquerdo foi semelhante em ambos os grupos antes e após as cirurgias. Conclusão: Na ausência de infarto do miocárdio documentado ou edema, o mapeamento T1 não identificou dano tecidual estrutural miocárdico após cirurgias de revascularização com ou sem circulação extracorpórea, a despeito da liberação excessiva de marcadores de necrose