Custos comparativos entre a revascularização miocárdica com e sem circulação extracorpórea

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2009
Autor(a) principal: Girardi, Priscyla Borges Miyamoto de Araújo
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5131/tde-10092009-115211/
Resumo: INTRODUÇÃO: Técnicas cirúrgicas de revascularização miocárdica sem o uso de circulação extracorpórea (CEC) trouxeram esperanças de resultados operatórios com menor dano sistêmico, menor ocorrência de complicações clínicas e menor tempo de internação hospitalar gerando expectativas de menor custo hospitalar. OBJETIVOS: Avaliar o custo hospitalar em pacientes submetidos à cirurgia de revascularização miocárdica com e sem o uso de CEC, em portadores de doença multiarterial coronária estável com função ventricular preservada. MÉTODOS: Os custos hospitalares foram baseados na remuneração governamental vigente. Foram acrescentados nos custos, o uso de orteses, próteses, complicações e intercorrências clinicas. Foram considerados o tempo e os custos da permanência na UTI e de internação hospitalar. Não foram consideradas remuneração de profissionais médicos e equipe multiprofissional, bem como depreciação de materiais, taxa de administração predial, água luz, telefone, alimentação, exames laboratoriais de admissão e medicamentos. RESULTADOS: Entre janeiro de 2002 a Agosto de 2006 foram randomizados 131 pacientes para cirurgia com CEC e 128 pacientes sem CEC. As características clínicas basais foram semelhantes para os dois grupos. Os custos das intercorrências cirúrgicas foram significantemente menores (p<0,001) para pacientes do grupo SCEC comparados ao grupo CCEC (606,00 ± 525,00 vs 945,90 ± 440,00) bem como, os custos na UTI (432,20 ± 391,70 vs 717,70 ± 257,70) respectivamente. Entretanto, o custo final foi maior no grupo SCEC (6.877,00 ± 525,20 vs 5.305,00 ± 440,11; p<0.001) devido ao preço do estabilizador utilizado. Os tempos de permanência na sala cirúrgica foram (4,9 ± 1,1h vs 3,9 ± 1,0h), (p<0,001), na UTI (48,25 ± 17,2h vs 29,20 ± 26,1h) (p<0,001), com tempo de entubação (9,2 ± 4,5h vs 6,4 ± 5,1h) (p<0,001) para pacientes do grupo com CEC e sem CEC respectivamente. CONCLUSÃO: Esses resultados permitem concluir que a cirurgia de revascularização miocárdica sem circulação extracorpórea, proporcionou diminuição de custos operacionais relacionados com a diminuição de tempo de permanência em cada setor do tratamento cirúrgico. Todavia, o alto custo do estabilizador, determinou o aumento do custo final da cirurgia SCEC.