Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Santos, Sara Giubilei |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/83/83131/tde-27042018-164324/
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Resumo: |
A intenção desta cartografia advém de meu cotidiano de cuidar em enfermagem na atenção básica (AB), que possibilita perceber as conexões que ocorrem com os múltiplos atores sociais (gestor, profissionais, sujeitos e coletivos) para pensar, fazer e viver o cuidado ao sujeito em sofrimento psíquico na AB. Cuidado esse que às vezes se perde, outras não; às vezes é produtivo, outras não; às vezes simplesmente não ocorre. Desta forma, o objetivo desta Tese é acompanhar a gestão do cuidado a um sujeito em sofrimento psíquico na AB. O referencial teórico escolhido é a esquizoanálise, por possibilitar deflagrar processos de produção de diferença na gestão do cuidado a partir das falas e práticas dos sujeitos participantes da pesquisa. O método escolhido é a cartografia, por possibilitar apresentar a vida que pulsa em seus movimentos, como uma onda de diversas intensidades, acompanhando a dimensão processual da subjetividade. Diante disso, trata-se de uma pesquisa-intervenção, por possibilitar a produção de mapas de sentidos, sinais, afetos e cuidados, por meio dos diversos instrumentos cartográficos. Para esta pesquisa, são utilizados os seguintes instrumentos: entrevista com gestores; Fluxograma Analisador, com profissionais de uma equipe da Estratégia Saúde da Família; e entrevista com um sujeito em sofrimento psíquico acompanhado na AB. Além destes, o diário de campo também é instrumento de registro das cenas do cotidiano dos participantes. Ao acompanhar a gestão do cuidado nessas três dimensões, apresento os planos que gestores, profissionais e sujeitos transitam para dar sentido e significado ao cuidado com as possibilidades de invenções ou não nas formas de cuidar e fazer saúde. Assim, é possível revelar: o cuidado no modo de pensar e fazer dos gestores e profissionais de saúde; as construções coletivas pelos dispositivos do Fórum, do Apoio Matricial e do Núcleo de Apoio à Saúde da Família; a integralidade das ações produzidas pelos profissionais de saúde ao sujeito do caso traçador; e a articulação entre as redes de saúde e sociais que a protagonista do fluxograma constrói para o seu cuidado e produção de vida. Apresento, ainda, a gestão do cuidado produzida a partir de casos complexos, sujeitos-pipocas, em que os profissionais tentam pensar as possibilidades para as ações de cuidados e produzem novas formas para atender às necessidades dos sujeitos, sendo uma incessante criação, de modo que ocorre uma diversidade de: conexões com outros serviços de saúde e sociais; encontros com outros profissionais, gestores, sujeitos e coletivos; e saberes. A gestão muda conforme a necessidade, o encontro, os acontecimentos da vida dos sujeitos, profissionais e gestores, revelando ainda que os profissionais de saúde e gestores no cotidiano do cuidar parecem oferecer espaços para desenvolver o instituinte ao trabalho burocrático, sistemático, e protocolar quando convocados pelo sujeito-pipoca que estoura, fazendo um barulho na equipe de saúde e criando vetores de intensidade de reações e ações na gestão do cuidado. |