A presença de fármacos e cafeína em água superficial e destinada ao consumo humano

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Carvalho, Ana Carla Coleone de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/6/6143/tde-27012021-150527/
Resumo: Com um intenso consumo, e graças ao surgimento de novas técnicas analíticas, a presença de fármacos e cafeína tem sido detectada em meios aquáticos por todo o mundo, mesmo que em baixas concentrações. No entanto, os impactos que podem ocasionar à saúde e ao ambiente ainda não são bem compreendidos. Dessa forma, o objetivo deste trabalho foi avaliar a presença dos fármacos atenolol, carbamazepina, clonazepam, fluoxetina, haloperidol, ibuprofeno, paracetamol, sinvastatina e venlafaxina e da cafeína em água bruta e tratada por uma estação de tratamento convencional, caracterizar as águas de acordo com as características físico-químicas e microbiológicas e verificar as conformidades com os padrões legais, e avaliar os impactos dos compostos detectados nas amostras para o ambiente aquático. As análises foram realizadas por cromatografia líquida acoplada à espectrometria de massas sequencial. As coletas das amostras foram realizadas nos períodos chuvoso e seco. As características físico-químicas analisadas foram cor aparente, turbidez, condutividade e pH. Para a caracterização microbiológica foram quantificados os coliformes totais e Escherichia coli. O impacto dos contaminantes foi avaliado com base em teste de toxicidade aguda, pela coleta de dados na literatura cientifica acerca dos efeitos subletais para organismos aquáticos e pela avaliação de risco, realizada de acordo com o cálculo do quociente de risco. O método analítico mostrou-se adequado em suas figuras de mérito para a análise dos contaminantes. A carbamazepina, a fluoxetina, a venlafaxina e a cafeína, presentes na água bruta foram removidas pelo tratamento da água. As características físico-químicas e microbiológicas da água bruta e da tratada enquadraram-se nos valores estabelecidos pela Resolução Conama nº 357 e pela Portaria de Consolidação nº 5, respectivamente. Os compostos identificados neste estudo podem ocasionar danos a organismos não-alvos e risco ao ambiente aquático.