A didatização de materiais autênticos para o ensino do italiano língua estrangeira

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Vieira, Daniela Aparecida
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8148/tde-10122012-095442/
Resumo: O principal objetivo desta dissertação é investigar, dos pontos de vista teórico e prático, o processo de didatização de textos autênticos no âmbito do ensino do italiano como língua estrangeira (LE). Quanto aos aspectos teóricos, procuramos apresentar as definições dos termos material didático, material autêntico e didatização. Procuramos, também, enfatizar a importância dos textos autênticos no processo de ensino-aprendizagem do italiano LE. Para alicerçar nosso trabalho, baseamo-nos na Teoria da Aprendizagem Significativa, de David Ausubel, na Teoria de Aquisição de Segunda Língua, de Stephen Krashen, e na Linguística Textual. A primeira consiste em uma teoria do âmbito da educação em geral e explica a importância dos conhecimentos prévios dos alunos no processo de ensino-aprendizagem. A segunda é uma teoria da área de aquisição/aprendizagem de línguas e interessa-nos, particularmente, pelo conceito de input compreensível. Já a terceira consiste em uma vertente da Linguística cujo objeto de estudo é o texto, que é considerado um instrumento resultante de processos cognitivos e de interações sociais. Essas três teorias têm bases cognitivistas e ofereceram-nos subsídios para a elaboração desta dissertação. Tentamos mostrar, com base em tais teorias, que a didatização de materiais autênticos pode ser uma maneira de oferecer insumo compreensível aos alunos e favorecer a aprendizagem significativa da língua-alvo por parte deles. No tocante aos aspectos práticos, por sua vez, realizamos uma pesquisa com os estudantes e com os professores do Italiano no Campus, curso de difusão cultural da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo, no qual demos aulas de 2009 a 2011. Ademais, descrevemos algumas atividades que construímos com base em materiais autênticos e que utilizamos em uma classe de nível elementar (A1 do Quadro Comum Europeu de Referência para as Línguas). Essa pesquisa consiste em dois questionários: o que elaboramos para os alunos contém dezenove perguntas, e o que fizemos para os professores possui apenas quatro questões. A análise das respostas dos discentes, bem como a análise das respostas dos docentes parece ter evidenciado que os materiais que mais interessam aos alunos são, geralmente, aqueles que o professor mais utiliza em suas aulas. Os comentários dos aprendizes corroboram o que postulam muitos teóricos da pedagogia de línguas, isto é, que é importante que o professor de LE não use apenas o livro didático (LD) e que, para os discentes, a variedade de materiais e atividades pode tornar as aulas mais motivantes. A análise das respostas dos docentes parece ter mostrado que, na opinião dos professores, faz-se necessário utilizar outros materiais além do manual didático, mas que este ocupa, ainda, um lugar central no processo de ensino-aprendizagem do italiano LE. Com base nos dados analisados, parece-nos que essa centralidade deva-se, sobretudo, a três motivos: a obrigatoriedade do uso do LD; o fato de este ser uma referência para os aprendizes; e a praticidade desse instrumento aliada à falta de tempo que o professor tem para selecionar outros materiais e elaborar suas próprias atividades.