Estratégia para controle de infecção por SARS-CoV-2 em setor de endoscopia de um hospital oncológico durante o período inicial da pandemia da COVID-19

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Pombo, Amanda Aquino de Miranda
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5168/tde-31012024-125514/
Resumo: INTRODUÇÃO: O planejamento estratégico para o atendimento de pacientes com a COVID-19 dominou a agenda dos serviços médicos, que foram restringidos pela necessidade de minimizar a transmissão viral. O risco é particularmente relevante em relação aos procedimentos endoscópicos. OBJETIVOS: Descrever os efeitos de um plano de contingência de um centro oncológico universitário terciário, através de uma estratégia para priorizar e adiar exames, além de avaliar a taxa de infecção entre profissionais de saúde da Unidade de Endoscopia do ICESP. METODOLOGIA: Criou-se uma estratégia para diminuir o risco de infecção por SARS-CoV-2 e mitigar os efeitos do adiamento de procedimentos endoscópicos em pacientes oncológicos. Realizou-se uma análise retrospectiva de um banco de dados, que incluiu todos os procedimentos endoscópicos entre março e junho de 2020, e comparou-se com o mesmo período do ano anterior. Todos os profissionais de saúde foram entrevistados sobre dados clínicos e testes de SARS-CoV-2. RESULTADOS: Durante o surto, houve uma redução total de 55% dos procedimentos. A colonoscopia foi a modalidade mais acometida. Foi possível manter alguns procedimentos endoscópicos, incluindo aqueles destinados a fornecer acesso nutricional, diagnóstico tecidual e ressecção endoscópica. A taxa total de infecção entre todos os profissionais de saúde foi de 38%. Nenhum dos assistentes da endoscopia digestiva teve a COVID-19. Por outro lado, todos os broncoscopistas foram infectados. Um em cada três especializandos em endoscopia oncológica teve diagnóstico sorológico. Dois terços dos enfermeiros foram infectados, além de metade dos técnicos. CONCLUSÕES: No cenário de pandemia, todos os serviços de endoscopia tiveram que priorizar os procedimentos que foram realizados. Foi possível manter alguns procedimentos endoscópicos, incluindo aqueles destinados a fornecer acesso nutricional, diagnóstico histológico e ressecção endoscópica. Tanto o rastreio dos profissionais e pacientes como o uso de EPIs parecem ter sido eficazes na prevenção da transmissão da COVID-19. Estas medidas podem ser úteis no recomeço do planejamento do serviço e até em próximas pandemias