Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Chokr, Muhieddine Omar |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5131/tde-21062023-142910/
|
Resumo: |
Introdução: O Acesso epicárdico transatrial pode ser uma alternativa ao acesso subxifoide para mapeamento e ablação de arritmias que envolvem fibras subepicárdicas. Estudos anteriores não avaliaram a segurança dessa estratégia após a fase aguda. Objetivos: Avaliar no período de uma semana a segurança do acesso pericárdico através de punção do apêndice atrial direito em suínos, usando duas diferentes técnicas para evitar sangramento pericárdico ao término do procedimento: manutenção de pressão negativa no espaço pericárdico por aspiração da bainha ou liberação de um dispositivo para oclusão do orifício de acesso ao pericárdio. Métodos: Foi realizada punção transatrial em 20 animais, seguida de mapeamento e ablação da superfície epicárdica por pelo menos 30 minutos com os animais heparinizados que foram divididos em dois grupos ao termino do procedimento: grupo A - composto por 10 animais, nos quais foi realizada aspiração da bainha com manutenção de pressão negativa do espaço pericárdico por 30 minutos, após a reitrada do cateter de ablação; e grupo B - composto também por 10 animais, nos quais um dispositivo de para ocluir o orifício atrial na retirada da bainha do espaço pericárdico. Após uma semana de observação, os animais foram sacrificados para verificação da presença de hemopericárdio e avaliação anatômica e histológica do coração. Resultados: No grupo A, foi possível atingir a superfície epicárdica em 9/10 animais após a punção transatrial. Um dos animais apresentou hemopericárdio com rápida deterioração da condição hemodinâmica, seguida de parada cardíaca. A análise post-mortem revelou laceração do AAD como causa do óbito. Excluindo esse animal, o volume médio de sangue aspirado durante os procedimentos sem acidentes foi de 7,0 ml ± 5,0 ml após a retirada da bainha e de 60,0 ml ± 28,0 ml ao seu término. Após um período de observação de 7 dias, pericardite fibrino-hemorrágica foi identificada em 3 animais, e em 6 deles o pericárdio tinha o aspecto usual. No grupo B foi possível atingir a superfície epicárdica em todos 10 animais. Após a punção transatrial, o volume médio de líquido aspirado no espaço pericárdico foi 4,5 ml ± 1,6 ml e de 5,5 ml ± 2,0 ml ao término da sessão. O posicionamento adequado da prótese oclusora (Konar-MF VSD) ao final do procedimento foi obtido em 90% (9/10) dos animais. Houve deslocamento da prótese para o espaço pericárdico em um dos animais. Ocorreu um óbito no pós-operatório imediato secundário a pneumotórax maciço (motivo). Após o período de observação de sete dias a análise post-mortem demonstrou, pericárdio de aspecto habitual, ausência de sangue ou aderências no espaço pericárdico, com a prótese adequadamente posicionada no apêndice atrial direito em 8 animais. No animal em que ocorreu embolização da prótese houve intensa reação inflamatória, com formação de pericardite fibrino-\\hemorrágica. Conclusão: O acesso transatrial por punção direta do apêndice atrial direito, na vigência de heparinização, permite o mapeamento e ablação da superfície epicárdica com segurança. A retirada da bainha após a manutenção da pressão negativa adiciona segurança com baixo sangramento no espaço pericárdico, mas não impede sua ocorrência. O uso do dispositivo de oclusão previne o sangramento após a retirada da bainha do espaço pericárdico desde que adequadamente posicionado e evitou a ocorrência da pericardite hemorrágica após uma semana de observação |