Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2006 |
Autor(a) principal: |
Domingues, Gilberto Ramos |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11146/tde-09102006-124905/
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Resumo: |
A batata (Solanum tuberosum L.) é uma importante fonte de alimentação, sendo o 4º alimento mais consumido no mundo, depois do arroz, trigo e milho. Várias são as doenças e pragas que atacam esta cultura, com a necessidade de um alto investimento com produtos fitossanitários para se obter uma boa produção. Dentre as principais pragas, destaca-se a traça-dabatata, Phthorimaea operculella (Zeller, 1873) (Lepidoptera: Gelechiidae). Esta praga pode causar grandes perdas na produção de batata, podendo causar danos tanto no campo como durante o armazenamento da batata-semente. Devido à presença de populações resistentes da traça aos produtos químicos comumente utilizados para seu controle, além do impacto ambiental causado por agroquímicos, a procura por métodos de controle alternativos está cada vez maior. Assim, este estudo teve como objetivo avaliar a eficiência do parasitóide de ovos, Trichogramma atopovirilia Oatman & Platner, 1983 (Hymenoptera: Trichogrammatidae), no controle de P. operculella, em batata em condições de campo, bem como fornecer dados básicos para sua utilização no controle da traça durante o período de armazenamento. Foram realizados ensaios em campo e semi-campo, utilizando-se gaiolas dentro de casa de vegetação. Os resultados obtidos mostraram que T. atopovirilia apresenta alto potencial para o controle de P. operculella, em batata, em condições de campo. No campo, sua capacidade de dispersão, 24 horas após a liberação, é de 8,5 m (raio de ação), sendo a sua área de dispersão de 97,6 m2. Com base nestes resultados foi possível concluir que são necessários 100 pontos de liberação de T. atopovirilia por hectare, para uma distribuição homogênea em toda a área e um controle efetivo de P. operculella, no campo. Observou-se também que a quantidade de 400.000 parasitóides por hectare, distribuídas em duas liberações semanais, se mostrou adequada para o controle de P. operculella, em campo, uma vez constatada a infestação pela praga. Em relação aos estudos do controle da praga em caixas de batatas armazenadas, ficou demonstrado que o tamanho das mesmas interfere no comportamento de P. operculella e T. atopovirilia. Observou-se que P. operculella oviposita, preferencialmente, na camada localizada entre 5,0 e 20,0 cm de profundidade, em caixas de batatas utilizadas para armazenamento e que T. atopovirilia apresenta pouca mobilidade horizontal e movimentação ascendente nas mesmas e parasita, principalmente, ovos de P. operculella na camada superior da caixa de armazenamento. Considerando-se o local de postura de P. operculella e a dispersão de T. atopovirilia atopovirilia em caixas de batatas utilizadas no armazenamento, concluiu-se que existe potencial de controle de P. operculella com T. atopovirilia em armazéns, sendo que a forma de liberação do parasitóide deve ser aprimorada. |