Caracterização morfológica e morfométrica da aorta de equinos brasileiros mestiços (Equus ferus caballus, L. 1758)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Fernandez, Thiago José
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/10/10132/tde-27092024-151415/
Resumo: Os aspectos morfológicos e morfométricos da parede da aorta ainda não foram considerados na patogênese da ruptura aórtica em equinos. Assim, neste estudo analisou-se 52 aortas de cavalos processados de acordo com os protocolos de microscopias de luz, eletrônica de varredura e imuno-histoquímica. As espessuras da parede e das túnicas íntima e média, bem como o número e espessura das unidades lamelares aórticas (ULA) foram medidas com auxílio do software Image-J ® na versão Fiji 1.5. Macroscopicamente, a parede da aorta apresentou coloração amarela clara e textura rígida ao toque. Pelo aspecto microscópico, a túnica íntima era composta por uma camada de endoteliócitos com citoplasma escasso, núcleos elipsoides e cromatina condensada apoiada sobre uma camada subendotelial rica em fibras colágenas. Na aorta ascendente, em contraste com o bulbo aórtico, a túnica média era composta por fascículos de células musculares lisas vasculares dispostas em camadas sucessivas e separadas por uma zona acelular contendo feixes de fibras colágenas, intercalados por barras espessas de lamelas elásticas, constituindo as ULA. A túnica adventícia era formada por duas camadas distintas. A lâmina externa continha plexo vasculo-nervoso próprio distribuído em tecido conjuntivo frouxo. A lâmina interna era composta por feixes densos não modelados de fibras colágenas orientados circularmente. Em termos absolutos, a espessura média total da parede no bulbo aórtico (3.013±37,3µm) foi menor que na aorta ascendente (5.196±37,9µm). No bulbo aórtico, a espessura da túnica íntima era de 22,1±0,30 em contraste com 23,9±0,40 na aorta ascendente. A túnica média apresentou espessura de 2.876±129µm no bulbo aórtico e 5.046±129µm na aorta ascendente. O número de ULAs da túnica média foi 78,3±14,4 com espessura média de 34,9±1,0. Na parede do bulbo aórtico, 19,1% da área total era ocupada por músculo liso. As moléculas de colágeno tipo I ocuparam 25,5% enquanto que o colágeno tipo III ocupou 15,6% e a elastina ocupou 13,9% da área. Na aorta ascendente, as células musculares lisas ocuparam 17,5% da área da parede. O colágeno tipo I ocupou 23,5% e o colágeno tipo III 15,1% e a área ocupada pela elastina foi de 13,8%. Como a ruptura envolve falha estrutural e tecidual, espera- se que o melhor entendimento da arquitetura da parede da aorta em equinos contribua para estudos futuros da catástrofe aórtica em animais e humanos.