Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Nishiyama, Marcelo |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5131/tde-07052019-162312/
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Resumo: |
Introdução: Embora vinho tinto (VT) e exercício (Ex) sejam potenciais protetores cardiovasculares, um possível efeito aditivo de ambos não é conhecido. Neste estudo investigamos se o Ex. Físico supervisionado poderia influenciar funções cognitivas (cognição) em homens bebedores habituais de VT em comparação a indivíduos abstêmios (ABS), ambos sem declínio cognitivo. Objetivos: além do acima também comparamos os efeitos do treinamento físico supervisionado no desempenho cardiovascular de bebedores de VT e abstêmios. Métodos: Foram incluídos homens, de 50 a 75 anos, sem déficit cognitivo, consumidores regulares de VT e abstêmios, randomizados em 4 grupos: ABS com e sem treinamento físico, consumidores de VT com e sem treinamento físico. Estudamos função executiva (Stroop) e memória operacional (2-Back) por Ressonância Magnética Funcional (RMf-3T), assim como a acurácia e tempo de resposta. Igualmente foram utilizados testes neuropsicológicos clássicos nas condições pré e pós Ex. Foi realizado Teste de Esforço Cardiopulmonar (TECP). Os voluntários foram treinados durante 3 meses, com três sessões semanais de uma hora de duração. Avaliação cognitiva foi feita por instrumentos padronizados de avaliação neuropsicológica. Resultados: 73 pacientes, sendo 47 ABS com média de idade 58,4±5,1(DP) anos e 50 VT com média de idade de 60.9±6,4anos (DP). O consumo médio de VT foi de 19.8±10.3 gramas de etanol/dia e o tempo de consumo médio de 26,1±15,7 anos. Na fase pré, os consumidores de VT têm melhor desempenho que os ABS tanto nos testes neuropsicológicos (Trilhas A, B, e Stroop 1) quanto nas imagens cerebrais (2-Back). No pós, os bebedores com treinamento físico mostraram: nos testes neuropsicológicos redução no tempo de execução (Stroop 2); na imagem por ressonância magnética funcional não houve modificações nas áreas ativadas, mas registrou-se tendência a melhora da acurácia (Stroop). Houve aumento significativo na média do consumo de oxigênio pico (VO2 pico) nos grupos que treinaram (VT 24.9±2.6 vs 27.1±3.5 e no grupo ABS foi 27.1±4.9 vs 29.7±4.1). Houve correlação negativa entre VO2 pico e a resposta cerebral nos ABS e bebedores VT (quanto menor o VO2 pico maior a resposta cerebral). Conclusão: Indivíduos consumidores regulares de VT tem melhor função cognitiva em testes de memória e atenção mesmo na fase pré-treinamento e respondem melhor ao exercício físico. Existe correlação negativa entre o VO2 pico e a ativação cerebral, o que pode indicar que melhor desempenho físico pode induzir maior eficiência mental. Estes dados são sugestivos, embora não afirmativos, de que existe efeito aditivo do Ex físico sobre funções cognitivas em bebedores crônicos, moderados de VT, sem déficit cognitivo. Dadas as limitações do estudo consideramos que o mesmo deva ser visto como gerador de futuras hipóteses que deverão ser melhor avaliadas em pesquisas subsequentes |