Diferenças funcionais e estruturais encefálicas entre consumidores regulares de vinho tinto e abstêmios: análise por imagem de ressonância magnética

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Campane, Lucas Zoppi
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5151/tde-09012020-151727/
Resumo: INTRODUÇÃO: Existem dúvidas quanto ao efeito do consumo regular de vinho tinto no encéfalo e nas funções cognitivas. No presente estudo, foi feita a comparação de características estruturais e funcionais avaliadas por exame de imagem por ressonância magnética (RM) entre consumidores regulares de vinho tinto e abstêmios sem comprometimento cognitivo. Como características estruturais, foram avaliados alterações na substância branca cerebral e grau de atrofia global cerebral. Quanto às características funcionais, foram avaliadas imagens de ressonância magnética funcional e parâmetros de respostas comportamentais em tarefas cognitivas de funções executiva e de memória do trabalho. MÉTODOS: Voluntários do sexo masculino, com idades entre 50 e 75 anos e sem declínio cognitivo foram recrutados por meio de amostragem de conveniência e divididos em dois grupos: consumidores regulares de vinho tinto - CVT (média de idade 61,9 ± 6,5 anos) e abstêmios de bebida alcoólica - ABST (média de idade 57,9 ± 5,0 anos). Foram submetidos a questionários para avaliação de doenças existentes, hábitos de tabagismo e de consumo de bebida alcoólica, lateralidade, classe socioeconômica, escolaridade, quociente de inteligência e manifestações de depressão. O consumo de bebida alcoólica foi avaliado quanto à quantidade habitual média de ingestão de vinho tinto, cerveja, espumante, vinho branco e destilado durante os cinco anos anteriores à entrada dos voluntários no estudo. Foram adquiridas, por meio de exame por RM, imagens encefálicas estruturais (Fluid attenuation inversion recovery e T1) e funcionais (baseada no sinal BOLD - blood oxygen level dependente - em tarefas de função executiva (Stroop) e memória de trabalho (2-back)). RESULTADOS: Noventa e sete voluntários foram recrutados, sendo 51 deles selecionados: 24 (aproximadamente 47%) para o grupo CVT e 27 (aproximadamente 53%) para o grupo ABST. No grupo CVT, a média da quantidade equivalente diária habitual de etanol consumida foi 32,0 ± 14,0 gramas, sendo que 68,6 ± 20,3% do etanol consumido foi na forma de vinho tinto. Não foram observadas diferenças entre os grupos quantos às características estruturais e funcionais encefálicas identificadas por imagens adquiridas por RM. CONCLUSÃO: Os resultados do presente estudo mostraram que consumidores regulares de vinho tinto e abstêmios não apresentaram diferenças estruturais e funcionais encefálicas identificadas por imagens adquiridas por RM, portanto, na amostra do presente estudo, não foram observadas evidências de que o consumo regular de vinho tinto esteve associado a alterações morfofuncionais benéficas ou prejudiciais no encéfalo