Aspectos do controle da antracnose em plantas de milho (Zea mays L.), mantidas em casa-de-vegetação, pelo emprego de Saccharomyces cerevisiae Meyen

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 1989
Autor(a) principal: Silva, Sandra Regina da
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11135/tde-20191108-115545/
Resumo: O trabalho foi desenvolvido com o intuito de se estudar a possibilidade da proteção de folhas de plantas de milho contra Colletotrichum graminicola, agente causal da antracnose, pelo emprego de aspersões previas ou simultâneas a inoculação com o patógeno, de suspensões ou filtrados de células de Saccharomyces cerevisiae, obtidos a partir do produto comercial "Fermento Biológico Fresco Fleischmann". Os parâmetros avaliados no trabalho envolveram a germinação e a formação de apressórios por conídios de C. graminicola bem como a área foliar lesionada, número de lesões e capacidade de esporulação do fungo nos tecidos. Suspensões de células lavadas ou não de S. cerevisiae e filtrados dessas suspensões, obtidas a partir do produto comercial, reduziram o desenvolvimento de C. graminicola bem como a manifestação da antracnose nas folhas de milho previamente ou concomitantemente tratadas com as mesmas. Da mesma forma, suspensões de células de S. cerevisiae e o filtrado dessas suspensões de células, isoladas a partir do produto comercial e mantidas em meio de batata-dextrose-ágar, também inibiram o desenvolvimento de C. graminicola e a expressão da antracnose. As diferentes preparações de células e seus respectivos filtrados, os quais alteraram o desenvolvimento do patógeno e a manifestação da antracnose nas folhas, mostraram-se termolábeis. A redução do desenvolvimento de C. graminicola e da expressão da doença pela utilização de filtrados de suspensões de S. cerevisiae revelou que a presença física das células de levedura não era necessária para a proteção das folhas. Portanto, um metabólito ou complexo de metabólitos termolábil pode ser liberado nos filtrados. Experimentos "in vitro" mostraram que S. cerevisiae aparentemente possue uma ação antagônica sobre C. graminicola devido à antibiose. Finalmente, os resultados também evidenciaram que a proteção das folhas contra C. graminicola, a partir do tratamento comas preparações de S. cerevisiae, não ocorre a distância de seu sítio de aplicação e portanto, não se mostra sistêmica. porém, os resultados não descartam a possibilidade da indução de proteção local nas folhas tratadas com as diferentes preparações.