Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2012 |
Autor(a) principal: |
Bellacosa, Julia Marques |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8136/tde-26032013-105409/
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Resumo: |
O atual estágio de desenvolvimento do capitalismo, marcado por intensas mudanças desencadeadas pelo processo de mundialização do capital, traz fortes consequências para as populações camponesas. Inserido nesse contexto está o avanço dos agrocombustíveis em terras de reforma agrária, através de mecanismos de subordinação da produção camponesa aos complexos agroenergéticos. O crescimento significativo de cultivos para geração de energia ocorre no momento em que os agrocombustíveis são apontados como solução para o futuro do planeta. Dessa forma, o avanço do agronegócio no campo sob o viés dos agrocombustíveis, impõe novos desafios para repensar o campesinato brasileiro. No intuito de refletir sobre essa e outras questões, o trabalho ora apresentado constrói uma análise sobre a reprodução do campesinato brasileiro frente à expansão dos agrocombustíveis, tanto cana-de-açúcar, quanto oleaginosas para a produção de biodiesel, sob a perspectiva de um fragmento - o assentamento rural Monte Alegre, localizado na região conhecida como Califórnia Brasileira, uma área de agricultura modernizada, praticamente monopolizada pelas culturas de cana-de-açúcar e laranja. Trata-se de um dos mais antigos assentamentos do Estado de São Paulo, distribuído entre os municípios de Araraquara e Motuca, que se encontra no cerne dessas questões. Vislumbra-se, nesse sentido, que a análise sobre a reprodução do campesinato no âmago do desenvolvimento capitalista atual, através do estudo do movimento de territorialização e monopolização do território, possa desvendar as transformações recentes do campo brasileiro e ainda subsidiar uma reflexão acerca dos rumos pelos quais avança a reforma agrária brasileira frente à expansão dos agrocombustíveis. |