Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2007 |
Autor(a) principal: |
Figueiredo, Rita de Cássia |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/60/60135/tde-02062008-170109/
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Resumo: |
A Virola surinamensis, também conhecida como ucuúba branca, é muito difundida na floresta amazônica e, popularmente, usada no tratamento de erisipelas, cólicas e dispepsias. Estudos experimentais demonstraram atividades anti-parasitárias de diferentes componentes da planta contra Schistosoma mansoni, Plasmodium falciparum, Leishmania donovani e Trypanosoma cruzi. Com a possibilidade de utilização farmacológica da planta evidencia-se a necessidade de avaliar os possíveis efeitos sobre o sistema hematopoético. O presente trabalho teve por objetivo verificar os efeitos da grandisina, uma lignana extraída da Virola surinamensis, sobre o sistema hematopoético, em camundongos. Para tanto, foram avaliados os seguintes parâmetros: números globais de eritrócitos, leucócitos e plaquetas no sangue periférico, celularidade na medula óssea e baço (utilizando câmara de Neubauer); contagem diferencial de leucócitos no sangue periférico e medula óssea (em extensões coradas com May-Grünwald/ Giemsa); caracterização da população de linfócitos da medula óssea e baço (por imunocitoquímica). A grandisina, em dose única de 100?g/g de peso corpóreo induziu, no sangue periférico, diminuição significativa do número de leucócitos totais, linfócitos e neutrófilos, após 7 e 14 dias, e redução significativa do número de monócitos, após 14 dias do tratamento. Houve uma tendência de aumento do número de células nucleadas da medula óssea após 7 dias da administração da substância, com aumento significativo após 14 dias do tratamento, mas não ocorreu nenhuma alteração na celularidade do baço. Foi observado aumento das células da linhagem linfocítica e monocítica em evolução, na medula óssea, após 7 e 14 dias do tratamento, enquanto no sangue periférico, o número de linfócitos e monócitos continuaram reduzidos. A grandisina, na dose de 100?g/g de peso corpóreo, por cinco dias, provocou uma redução no número de leucócitos, linfócitos, monócitos e neutrófilos no sangue periférico após 7 dias do tratamento. Houve uma tendência de redução do número de leucócitos, linfócitos e monócitos, com redução significativa do número de neutrófilos, após 14 dias da administração da substância. O número de células da medula óssea reduziu, após 7 e 14 dias do tratamento. Quanto a celularidade do baço, não foi observado qualquer alteração. Ocorreu ainda uma redução no número de células mononucleares e polimorfonucleares em evolução na medula óssea, após 7 e 14 dias do tratamento. No experimento de dose única, a imunohistoquímica dos sedimentos medulares mostrou uma tendência de diminuição do número de Linfócitos T totais, Linfócitos T imaturos e Linfócitos B, após 14 dias do tratamento. No experimento de dose seriada houve redução destas populações de linfócitos, após 7 e 14 dias do tratamento, somente na medula óssea. Os resultados obtidos neste estudo demonstram que a dose de 100?g/g de peso corpóreo, tanto em dose única como seriada, causa importantes alterações nas células sanguíneas indicando que, para o uso terapêutico, doses inferiores a estas devem ser avaliadas. |