Potencial antineoplásico de óleos essenciais de Virola surinamensis (ROL.) WARB. (MYRISTICACEAE), Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Anunciação, Talita Andrade da
Orientador(a): Bezerra, Daniel Pereira
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/50399
Resumo: INTRODUÇÃO: Virola surinamensis (Rol. Ex Rottb.) Warb. (Myristicaceae), popularmente conhecida no Brasil como "mucuíba", "Cucuúba", "Cucuúba-branca" ou "Cucuúba do igapó", é uma planta medicinal usada para tratar uma variedade de doenças, incluindo infecções, processos inflamatórios e câncer. OBJETIVO: No presente trabalho, investigamos os constituintes químicos e a inibição in vitro e in vivo de células de carcinoma do cólon humano, HCT116, por óleos essenciais obtidos de casca (OEC) e das folhas (OEF) de V. surinamensis. MATERIAIS E MÉTODOS: Os OEC e OEF foram obtidos por hidrodestilação e analisados por cromatografia gasosa com detecção de ionização de chama e cromatografia em fase gasosa acoplada à espectrometria de massa. A atividade citotóxica in vitro foi determinada em células cancerígenas HCT116, HepG2, HL-60, B16-F10 e MCF-7 e em linhagem celular não cancerígena MRC-5 pelo ensaio do Alamar Blue após 72 h de tratamento. Os efeitos do OE na externalização da fosfatidilserina (Ensaio de Anexina V/Iodeto de propídio), no potencial transmembranar mitocondrial e na distribuição do ciclo celular foram avaliados por citometria de fluxo em células HCT116, após 24 e 48 h de tratamento. As células também foram coradas com May-Grunwald-Giemsa para análise da morfologia celular após tratamento com os OE. A atividade antitumoral in vivo foi avaliada em camundongos C.B-17 SCID com células HCT116 em modelo de xenotransplante. RESULTADOS: Os principais constituintes do OEC foram aristoleno (28,0 ± 3,1%), \03B1-gurjuneno (15,1 ± 2,4%), valenceno (14,1 ± 1,9%), germacreno D (7,5 ± 0,9%), \03B4-guaieno (6,8 ± 1,0%) e elemento \03B2 (5,4 ± 0,6%). Por outro lado, o OEF exibiu \03B1-farneseno (14,5 ± 1,5%), \03B2-elemeno (9,6 ± 2,3%), biciclogermacreno (8,1 ± 2,0%), germacreno D (7,4 ± 0,7%) e \03B1-cubebeno (5,6 ± 1,1%) como constituintes principais. OEC mostrou valores de CI50 para células cancerígenas variando de 9,41 a 29,52 \03BCg/mL para HCT116 e B16 - F10, enquanto a OEF mostrou valores de CI50 para células cancerígenas que variam de 7,07 a 26,70 \03BCg/mL para HepG2 e HCT116, respectivamente. O valor de CI50 para células não cancerígenas MRC-5 foi de 34,7 e 38,93 \03BCg/mL para OEC e OEF, respectivamente. Ambos os óleos induziram morte 7 celular do tipo apoptótico em células HCT116, como observado pelas características morfológicas de apoptose, externalização da fosfatidilserina, despolarização mitocondrial e fragmentação do DNA internucleossômico. Na dose de 40 mg/kg, as taxas de inibição da massa tumoral foram de 57,9 e 44,8% nos animais tratados com OEC e OEF, respectivamente. CONCLUSÃO: Os resultados do presente estudo indicam os óleos essenciais da V. surinamensis como possível medicamento fitoterápico no tratamento do câncer de cólon.