Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Ferreira, Natália Gianini Teixeira |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17137/tde-23012025-094741/
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Resumo: |
Introdução: Sabe-se que os microRNAs (miRNA) estão envolvidos nos processos da inflamação endotelial e da formação da placa de ateroma, responsáveis também em regular sua estabilidade, sendo sua expressão específica para cada tecido e doença. O perfil de miRNA pode ser usado como marcador para diagnóstico, prognóstico e para influenciar o rumo das doenças, através do seu estímulo ou supressão. Nosso objetivo foi estudar a relação entre a expressão dos miRNA-221 e 29a no pré e pós-operatório de doentes com doença carotídea, o tratamento cirúrgico utilizado e a evolução clínica dos doentes. População e Métodos: selecionamos 61 indivíduos com estenose carotídea com indicação cirúrgica, dos quais 43 foram submetidos à endarterectomia (Grupo 1) e 18 à angioplastia (Grupo 2). Coletamos amostra de sangue para dosagem de miRNAs no pré-operatório e 6 meses após a cirurgia, associada à avaliação clínica e ultrassonográfica. Resultados: dos doentes selecionados, a maioria era do sexo masculino (62,3%); hipertensa (91,4%); diabética (52,6%) e com história prévia de tabagismo (69,2%). Além disso, 49% dos doentes eram sintomáticos e 23,4% com doença arterial coronariana relatada. O miRNA-29a apresentou queda estatisticamente significativa na sua expressão 6 meses após a correção cirúrgica (IC 95%, de 17,83 para 1,20; p<0,001). O miRNA-221 comportou-se de maneira semelhante (IC 95%, de 150,99 para 8,67; p<0,001). Quanto à técnica utilizada, o Grupo 1 (IC 95%, de 1232,5 para 62,6; p < 0,001) apresentou queda maior que o Grupo 2 (IC 95%, de 847,6 para 47,5; p < 0,001). Na avaliação ultrassonográfica, a queda no grupo com ultrassonografia normal aos 6 meses no miRNA-29a (IC 95%, de 20,4 para 1,2; p = 0,001) e miRNA-221 (IC 95%, de 153,9 para 9,5; p<0,001) foi maior que no grupo com reestenose, tanto no miRNA-29a (IC 95%, de 291,1 para 1,2; p=0,04) quanto no miRNA-221 (IC 95%, de 243,8 para 8,8; p=0,02). Não observamos interferência da presença de sintomas no pré-operatório, de doença arterial coronariana ou tabagismo. Conclusão: a queda da expressão desses miRNA no pós-operatório pode sugerir a utilização dessas moléculas como biomarcadores séricos para seguimento dos doentes. |