Levantamento de seio maxilar com enxerto ósseo xenógeno associado ou não à fibrina rica em plaquetas e leucócitos produzida por centrifugação horizontal: estudo clínico, controlado e aleatorizado em período reduzido de cicatrização

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Reis, Gabriel Guerra David
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/58/58132/tde-06112024-114348/
Resumo: Regenerações ósseas de seio maxilar (ROSM) atrófico representam um desafio clínico para reabilitação de pacientes com implantes osseointegrados. O potencial osteocondutivo, a facilidade de aplicação e o baixo nível de absorção fazem dos enxertos ósseos bovinos desproteinizados (EOBD) uma boa alternativa clínica de baixa morbidade para o paciente. A possibilidade de sua associação a um material efetivo em regeneração tecidual, como a fibrina rica em plaquetas obtidas por centrifugação horizontal (H-PRF), demonstra ser uma real alternativa para melhora do potencial celular para estes materiais, melhorando a qualidade de tecido ósseo formado, com bons resultados clínicos e possível redução do tempo de cicatrização. Treze pacientes com necessidade bilateral de ROSM de dois estágios foram selecionados e submetidos ao procedimento reconstrutivo. Cada paciente recebeu, de forma aleatória, como alternativa de material de enxertia EOBD isolado (Grupo Controle - GC) em um lado, e do outro lado EOBD + H-PRF (Grupo teste - GH). Tomografias computadorizadas de feixe cônico (CBCT) foram realizadas antes da cirurgia (T0), imediatamente após cirurgia (T1) e 4 meses após reconstrução (T2) para análise volumétrica antes da instalação de implantes virtualmente guiados. Amostras de tecido ósseo foram trefinadas no local da instalação dos implantes e valores de ISQ foram medidos na hora da instalação dos implantes e após 6 messes de cicatrização. Análise de microtomografia (Micro-CT) e histomorfometria foram realizadas. As avaliações tomográficas indicaram padrões similares de volume de enxertia em ambos os grupos, sem reabsorção significativa após período de 4 meses de cicatrização. Padrões semelhantes de ISQ foram encontrados em GC e GH no momento da instalação dos implantes e após reabertura, com um aumento significante nos valores de ISQ com o tempo de cicatrização em GH. Histomorfometria apresentou maiores valores de área total de tecido ósseo (TBA) formado para GH versus GC (47,48% ± 6,84% vs. 40,5% ± 5,91%). Micro-CT indicou maiores valores de BV/TV (30,38% ± 11,24% vs. 21,38% ± 9,83%), Tb.N (9,79 ± 2,73 vs. 7,41 ± 2,74) e Conn.Dn (4485 ± 1469 vs. 2562 ± 1271) para GH vs. GC, respectivamente. Com resultados clínicos similares e sem acompanhamento longitudinal de longo prazo, a presente pesquisa indica como positiva a influência do uso H-PRF com EOBD no potencial osteogênico em ROSM, considerando a possibilidade de redução do período de cicatrização para 4 meses em pesquisas futuras.