Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2007 |
Autor(a) principal: |
Rocha, Lucimara Collodoro |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5131/tde-11032008-091043/
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Resumo: |
A hérnia inguinal é uma doença multifatorial que emerge do orifício de Fruchaud, fechado somente pela fáscia transversal. Nos últimos tempos tem sido demonstrado que desordens dos elementos do tecido conjuntivo, como fibras colágenas e elásticas, estão relacionados com a gênese da hérnia inguinal. Estudos prévios demonstraram alterações estruturais e quantitativas das fibras elásticas com o envelhecimento da fáscia transversal, relacionado ao aparecimento de hérnia inguinal a partir da quinta década da vida. Estudos recentes demonstraram associação entre uma mutação pontual do éxon 20 do gene da elastina, componente amorfo das fibras elásticas, e hérnia inguinal em indivíduos do sexo masculino. A fibrilina-1 é o principal componente microfibrilar das fibras elásticas e está relacionada ao surgimento de síndromes genéticas, como Marfan, Ehlers-Danlos e Williams, que também apresentam indivíduos portadores de hérnias. Nesse sentido, o objetivo do presente estudo foi investigar a presença de polimorfismos no gene da fibrilina-1 (FBN1) em indivíduos portadores de hérnia inguinal. Estudou-se o ácido desoxirribonucléico (DNA) genômico de 60 pacientes com hérnia inguinal e 60 controles. Os exons 4, 13, 24, 25, 26, 27, 31 32, 39, 41, 59 e 65 foram amplificados pela Reação em Cadeia da Polimerase e, posteriormente, foram avaliados os polimorfismos em gel de poliacrilamida. Todos os exons estudados apresentaram alguns indivíduos com padrão de bandeamento diverso. O produto de amplificação destes exons foi então avaliado através de seqüenciamento e confrontado com a base de dados do National Human Genome Research Institute. Alterações de inserção e/ou deleção consistentes foram observadas no éxon 27: 1) inserção de uma base entre os codons 1119 e 1120 (GAT -> AGA); 2) inserção de uma base entre os codons 1116 e 1117 (TGT -> CTG): 3) inserção de uma base no códon 1148 (CCC -> CGC); e no éxon 31: inserção de uma base entre os codons 1282 e 1283 (GAG -> CGA). Não houve significância estatística que indique associação entre o gene FBN1 e hérnia inguinal. Entretanto, como o gene da fibrilina-1 é bastante grande (350 kD, dividido em 65 exons) e, em outras doenças como a Síndrome de Marfan mais de 500 mutações já foram descritas, sem haver exons que possuam uma maior responsabilidade pela Síndrome, é possível que outros exons possam estar relacionados com o acometimento da hérnia inguinal. |