Morfemas nominalizadores *-ap e *-at em Proto-Tupi: estudo de subordinação pelos reflexos nas línguas filhas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Bento, João Paulo Fernandes
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8139/tde-30082024-132645/
Resumo: O presente projeto realiza um estudo comparativo das funções de subordinação pelos reflexos dos morfemas *-ap e *-at em Proto-Tupi (RODRIGUES E CABRAL 2012) nas línguas filhas de Proto-Tupi, tais como infinitização, adverbialização, nominalizações simples e de sentenças, negação, entre outros. Estes protomorfemas foram inicialmente descritos como nominalizador de circunstância e nominalizador de agente, respectivamente, por Rodrigues e Cabral (2012: 533), com nomenclatura vinda dos estudos de Tupinambá de Rodrigues (1953: 143-145). Entretanto, esta nomenclatura não dá conta das funções de seus reflexos nas várias ocorrências deste morfemas tanto nas línguas Tupi-Rondonienses (Bento 2021), como provavelmente das línguas Maweti-Guarani, principalmente fora das famílias Maweti-Guarani. Muitos autores, como Nogueira (2019), Vivanco (2018) e Rocha (2016) assumiram funções muito distintas da nominalização, como infinitivo, indicativo, foco de adverbial e negação, como funções de reflexos destes protomorfemas. O estudo pesquisa o funcionamento morfossintático dos reflexos destes dois protomorfemas para três funções identificadas, observando diversas teses, artigos e gramáticas de várias línguas da família Tupi, elaborando um mapeamento das relações genéticas destes protomorfemas dentro das línguas, para observar a progressão diacrônica destas funções pelo tempo. Para isso, percorremos também literatura diacrônica gerativista e funcionalista, de modo a tentar identificar elemento morfossintáticos comuns (HALE 2007, WALKDEN 2013, HALE E KISSOCK 2021) que possibilitam uma comparação e reconstrução das funções dos morfemas analisados. Assim, conseguimos observar os detalhes da reconstrução destes dois protomorfemas em cada um dos contextos diferentes em que ele ocorre, e que nem sempre são considerados nas comparaçãoes realizadas anteriormente.