Efeito do exercício físico combinado com ingestão de polpa de açaí sobre o comportamento e eventos moleculares em ratos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Pereira, Emerson da Silva
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/47/47135/tde-12062019-163050/
Resumo: O exercício físico (EF) tem relação com melhora na qualidade de vida. Quando nos referimos ao sistema nervoso (SN), o EF diminui efeito lesivo causado por doenças, possibilitando a recuperação em menor tempo, além de contribuir com processos relacionados à melhora cognitiva e redução da ansiedade. Contudo, o EF pode elevar à formação de radicais livres (RL) que, em contato com o SN pode reduzir seu potencial protetor e terapêutico. Os flavonoides são compostos com ação antioxidante e entre eles estão as antocianinas, um dos mais importantes flavonoides com ação antioxidante e anti-inflamatória. O açaí possui grande quantidade de flavonoide podendo, portanto, em associação com EF, potencializar efeitos benéficos ao SN. O presente estudo investigou os efeitos do EF combinado com ingestão de polpa de açaí sobre o comportamento e eventos moleculares em ratos. Para tanto, 32 ratos machos com aproximadamente 120 dias de vida foram divididos em 4 grupos experimentais: i) Sedentário suplementado com açaí (SedA); ii) Sedentário (Sed); iii) Exercício (Exe) e iv) Exercício suplementado com açaí (ExeA). O protocolo de EF na esteira foi de 7 dias, sendo nos dois primeiros sessões de 30 minutos com velocidade de 14m/min. Do terceiro ao sétimo dia, apenas a duração foi aumentada para 1 hora. A suplementação com polpa de açaí foi feita por gavagem com dosagem de 500mg/Kg diluído em água e ocorreu uma hora antes do EF. Os animais sem suplementação (i e ii) receberam água. Após 24 horas da última sessão de treinamento, os animais foram submetidos, individualmente, aos testes de campo aberto (CA) para avaliar ansiedade e reconhecimento de objeto (RO) para avaliar a memória. Após os testes os animais foram eutanasiados sob anestesia e os tecidos do hipocampo e amígdala foram analisados. As proteínas BDNF, GDNF, GAP43 e GFAP foram analisadas por Western blot e a cinética da atividade das enzimas antioxidantes CAT, GPx e SOD foi testada por imunoensaio. Os dados comportamentais e moleculares foram avaliados estatisticamente através do software Prisma. O peso corporal foi diferente entre os grupos sedA e Exe (0,0001). O teste de rearing (ansiedade) apontou diferenças entre os grupos SedA e ExeA quando comparados com Sed (0,0003). A micção diminuiu nos grupos SedA e ExeA (0,0121). Os grupos SedA e ExeA (0,0042) tiveram comportamentos diferentes no teste de RO em comparação com grupo Sed (0,0026). Houve aumento da atividade de GPx no hipocampo dos animais do grupo Exe em comparação com grupo Sed (0,0002) e, na amígdala, houve diferenças entre grupos Exe e ExeA quando comparados com Sed (0,0037). Houve efeito da administração de açaí sobre o BDNF maduro no hipocampo, levando à diferença na razão BDNF maduro e BDNF total entre os grupos SedA e ExeA em relação ao Sed (0,0107) e (0,0035). Não houve diferença entre os grupos nas análises das proteínas GDNF, GAP43 e GFAP. A associação de EF a açaí influenciou positivamente alguns parâmetros relacionados à ansiedade, denotando possível efeito ansiolítico. Houve ainda efeitos sobre atividade da enzima antioxidante GPx no hipocampo e amígdala, indicando que, possivelmente, essa possa ser uma das vias que recebeu influência do EF e açaí