Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2015 |
Autor(a) principal: |
Erdmann, Andreia Alves |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11150/tde-29042015-155113/
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Resumo: |
O Brasil é hoje um dos maiores produtores de madeira nativa do mundo. A demanda por este produto é cada vez maior perante a diminuição da oferta e supervalorização das madeiras de crescimento lento, tornando a silvicultura de espécies nativas um desafio, pois não existem estudos suficientes relacionados à produção de mudas, estabelecimento, crescimento e manejo florestal dessas espécies madeireiras. Neste contexto, este trabalho teve como objetivo avaliar a influência do microssítio na sobrevivência e crescimento de espécies nativas madeireiras utilizadas no enriquecimento artificial de florestas remanescentes na Amazônia (Pará), definidas como Reserva Legal (RL) da propriedade, mas que sofreram exploração madeireira recente, visando recompor e potencializar a exploração econômica dessas áreas. As espécies objeto desse trabalho, que foram usadas no enriquecimento artificial da RL, são: Carapa guianensis, Cedrela fissilis, Cordia goeldiana, Handroanthus serratifolius e Hymenaea courbaril. Essas espécies foram plantadas em abril de 2012 e avaliadas aos 9 e 19 meses após o plantio. Com o objetivo de identificar o momento que essas espécies são mais susceptíveis e que condições do microssítio influenciaram a mortalidade, foram caracterizadas as árvores circundantes à cada muda plantada, a taxa de herbivoria da muda, a possível competição com trepadeiras e plântulas, as aberturas no dossel sobre a muda e a luz difusa incidente. Para testar o efeito da espécie e do tempo na mortalidade das mudas, foi ajustado um modelo linear generalizado misto de análise de variância. Para testar a independência entre a sobrevivência e as variáveis ordinais do microssítio, foram construídas tabelas de contingência bidimensionais e aplicados os correspondentes testes de qui-quadrado. As análises demonstraram que a Carapa guianensis foi a espécie com maior mortalidade nos primeiros meses pós-plantio. Além disso, a mortalidade das espécies foi independente dos fatores luz difusa, árvores circundantes às mudas, trepadeiras e plântulas. Entretanto, a mortalidade de Carapa guianensis, Cedrela fissilis, Cordia goeldiana e Hymenaea courbaril foi explicada pelo vigor das mudas na fase inicial; a mortalidade de Cordia goeldiana foi explicada pela herbivoria; Carapa guianensis e Handroanthus serratifolius tiveram a mortalidade influenciada pela abertura no dossel. Afim de identificar os fatores do microssítio limitantes no crescimento das espécies, foram caracterizadas a herbivoria das mudas, a competição com trepadeiras, a competição com plântulas e luz difusa incidente. Para análise estatística, foram considerados modelos lineares de efeitos mistos para a altura, considerando as variáveis do microssítio. A herbivoria não interferiu no crescimento das espécies avaliadas. A luz direta na muda e a luz difusa alta foram significativas para o crescimento das espécies. Cordia goeldiana, Handroanthus serratifolius e Hymenaea courbaril tiveram crescimento máximo com a variável luz direta. As espécies avaliadas tiveram maior crescimento em locais com mais trepadeiras, provavelmente a maior incidência de luz tenha possibilitado o crescimento das trepadeiras e das espécies plantadas. As interações muita trepadeira x luz difusa alta e muita trepadeira x luz direta tiveram efeito negativo no crescimento de Hymenaea courbaril. O crescimento de Cordia goeldiana foi afetado negativamente pelo número de plântulas circundantes. |