Avaliação do controle postural unipodal após uma manobra de manipulação cervical

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Uchiyama, Paulo Toshio
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/100/100139/tde-23082016-120228/
Resumo: O ser humano, durante a postura ortostática, apresenta oscilações posturais aleatórias em relação à vertical que são controladas pelo sistema nervoso central com base em informações sensoriais provenientes dos sistemas visual, vestibular e somatossensorial. Mecanoreceptores e fusos neuromusculares localizados na coluna cervical transmitem informações aferentes tanto para o sistema vestibular quanto para o sistema proprioceptivo, contribuindo significativamente para controle postural. Vários autores têm proposto intervenções baseadas em terapia manual, sugerindo que manobras de manipulação da coluna vertebral podem ser benéficas para o tratamento da tontura e vertigem de origem cervical. No entanto, a maioria desses estudos tem focado em sintomas gerais como medidas clínicas de dor, severidade do acometimento, ocorrência de episódios agudos, etc. Portanto, fica clara a necessidade de um estudo acerca dos efeitos de uma manobra de manipulação vertebral, em nível cervical, sobre o controle postural de sujeitos saudáveis. A hipótese do presente estudo foi que uma liberação das estruturas cervicais (causada pela manobra de manipulação) geraria uma melhora no influxo de informações sensoriais, e, consequentemente, uma melhora no sistema de controle postural. Sete sujeitos foram instruídos a permanecer, durante 60 segundos, sobre uma plataforma de força, o mais quietos possível, em apoio unipodal, proporcionando assim medidas extraídas do sinal da trajetória do centro de pressão, do centro de massa e variações na posição angular das articulações do tornozelo, joelho e quadril. Cada sujeito participou de duas sessões experimentais, sendo que em uma delas realizou testes de equilíbrio antes e depois da manobra de manipulação cervical (sessão experimental, EXP) e no outro dia realizou os mesmos testes de equilíbrio antes e depois de uma intervenção placebo (sessão controle, CTRL). Os resultados sugerem um efeito agudo da manobra de manipulação cervical, já que foi observada redução das oscilações posturais durante as primeiras tentativas realizadas após a intervenção. Nas sessões CTRL, o mesmo efeito não foi observado, pois o sistema de controle postural se mostrou estável durante todo o experimento