Determinação das exigências térmicas de Nezara viridula (L., 1758), Piezodorus guildinii (West., 1837) e Euschistus heros (Fabr., 1798) (Heteroptera : Pentatomidae) visando ao seu zoneamento ecológico

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 1992
Autor(a) principal: Cividanes, Francisco Jorge
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11146/tde-20230818-145405/
Resumo: Foi estudada a bioecologia de Nezara viridula (L., 1758), Piezodorus guildinii (West., 1837) e Eushistus heros (Fabr., 1798) em laboratório, visando determinar suas exigências térmicas e elaborar um zoneamento ecológico destas espécies nos Estados de São Paulo, Paraná, Rio Grande do Sul e Mato Grosso do Sul. Os experimentos foram conduzidos no laboratório de Entomologia do Departamento de Agronomia da Universidade Estadual de Londrina, em Londrina, PR, onde as espécies foram estudadas em câmaras climatizadas do tipo “BOD” 374 G, reguladas a 22, 26, 28 e 30°C, com 14 horas de fotofase e umidade relativa de 70±10%. O alimento utilizado constou de vagens verdes de soja (‘Paranᒠe Cristalina’) e grãos secos de soja (‘Paraná’) e amendoim (‘Tatu Vermelho’). Temperatura afetou a duração das fases do ciclo biológico das três espécies de percevejos, especialmente na faixa 20-26°C. A viabilidade da fase ninfal de E. heros e P. guildinii não foi afetada pela temperatura, enquanto que para N. viridula ela foi menor a 30°C. Para as três espécies, fêmeas que não se alimentaram não realizaram posturas. O efeito da temperatura na fecundidade variou com a espécie de percevejo, sendo que N. viridula não realizou postura em altas temperaturas (28-30°C), sendo a de 20°C a mais adequada para a colocação de ovos. O ritmo de postura foi variável com a espécie, dependendo da temperatura. O alimento aumentou a longevidade de adultos das três espécies. Foram determinadas as constantes térmicas das fases de ovo, de ninfa e do ciclo biológico das três espécies, sendo a constante térmica do ciclo biológico 741,04, 288,32 e 327,77 graus-dia, respectivamente para N. viridula, P. guildinii e E. heros. Baseando-se nas exigências térmicas, independente da região estudada, o número máximo de gerações de N. viridula foi menor do que o das outras duas espécies de percevejos. Por outro lado, N. viridula mostrou melhor adaptação para regiões temperatura mais baixas, enquanto P. guildinii e E. heros mostraram-se melhor adaptadas aquelas temperaturas elevadas. As regiões dos Estados de São Paulo, Paraná, Rio Grande do Sul e Mato Grosso do Sul, com condições térmicas e hídricas favoráveis para o cultivo da soja, apresentaram maior número de gerações de N. viridula e P. guildinii e E. heros em relação aquelas inaptas ao plantio desta leguminosa.