Racionalização da infra-estrutura de transporte no Estado do Paraná: o desenvolvimento e a contribuição das ferrovias para a movimentação de grãos e farelo de soja

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 1998
Autor(a) principal: Martins, Ricardo Silveira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11132/tde-20210104-193419/
Resumo: Este estudo teve como objetivo principal avaliar o transporte de milho, soja, trigo e farelo de soja no Paraná, com vistas à expansão da participação relativa do modal ferroviário, com interesse na redução dos custos da movimentação desses produtos. A agricultura e os setores ligados ao agronegócio têm importante participação na geração da renda deste Estado, o que toma a economia paranaense bastante sensível às alterações recentes dos cenários agrícolas, com maior abertura e integração regional. A metodologia baseou-se em modelos de programação linear, operacionalizados em duas instâncias. Numa primeira, objetivando conhecer a demanda de transporte associada aos produtos, para 1995 e projetada para 2003, foram estimadas matrizes de origem-destino, tendo como impedância a distância. Numa segunda instância, com base nestes fluxos estimados, nos valores de fretes, rodoviários e ferroviários, e na capacidade de tráfego das ferrovias, foram operacionalizados modelos de minimização de custos de transporte que resultavam na racionalização da utilização da infra-estrutura de transporte no Paraná. Identificou-se uma contribuição potencial das ferrovias bastante significativa, em termos de redução do custo de transporte. Os modelos de distribuição modal alocaram fluxos prioritariamente para o transporte ferroviário, sinalizando para que esta modalidade pudesse incrementar sua participação na matriz de transporte referentes aos produtos selecionados, principalmente com destino a Paranaguá. Além do mais, foram destacados alguns investimentos prioritários nas ferrovias paranaenses. O aumento da capacidade do trecho Curitiba-Paranaguá demonstrou-se urgente, uma vez que nas simulações para 2003, a capacidade atual não comportaria o volume de tráfego necessário, assim como também foi considerada prioritária a correção do estrangulamento do trecho Guarapuava-Ponta Grossa, melhorando a posição competitiva da FERROESTE. Novos ramais foram vislumbrados. Um primeiro, unindo Guaíra a Maringá, e outro, que uniria Foz do Iguaçu-Cascavel-Maringá, passando por Campo Mourão, o que teria a configuração da "Ferrovia do MERCOSUL". No caso do transporte intermodal, podem ser destacados dois pontos. Primeiro, que o modelo não atribuiu fluxo às alternativas intermodais, priorizando o transporte rodoviário ou ferroviário. Por outro lado, o custo de transbordo não alterou o ranque do transporte intermodal entre as alternativas investigadas.