A Geografia da Formação de Professores: da experiência freiriana ao Projeto de Valorização do Educador (PROVE)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Cabral, Juberlândia Custódio
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8136/tde-18022022-232152/
Resumo: Nesta pesquisa, analisamos o Projeto de Valorização do Educador e Melhoria da Qualidade de Ensino (PROVE), projeto de formação continuada de professores, de inspiração freiriana, desenvolvido por um conjunto de unidades escolares da Secretaria Municipal de Educação de São Paulo localizadas na Diretoria Regional de Ensino do M\'Boi Mirim. A hipótese que norteou a pesquisa é que o PROVE produz uma geografia de formação de professores contra-hegemônica à lógica neoliberal que tem dominado as políticas educacionais nas últimas décadas no Brasil e, para tanto, analisamos os processos desenvolvidos no PROVE partir do contexto geográfico, em especial, da escala do lugar das unidades escolares e de seus sujeitos. Para o desenvolvimento da pesquisa, acompanhamos, durante dois anos letivos, as atividades de formação de professores no PROVE, em especial, os cursos e os seminários de integração. Além disso, realizamos entrevistas com docentes participantes do Programa, com o intuito de compreender as diferentes perspectivas que eles têm sobre os processos de formação de professores ali desenvolvidos e sua relação com o contexto geográfico. De maneira geral, o desenvolvimento da pesquisa possibilitou compreender que, se a formação docente hegemônica, assentada na perspectiva neoliberal, pressupõe um contínuo processo de alienação espacial dos diferentes sujeitos da educação, em uma dinâmica que reforça desenraizamentos e pouco diálogo com o contexto geográfico das unidades escolares, a formação que emerge do PROVE, por sua vez, reafirma a importância da geografia da escola enquanto elemento central na ressignificação das políticas educacionais e da formação/ação docente.