Caminho poético e a experiência do Holocausto na obra de Rose Ausländer

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2008
Autor(a) principal: Nauroski, Silvia Aparecida
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8144/tde-24042008-132456/
Resumo: Este trabalho tem como objetivo trazer uma visão geral da poética de Rose Ausländer ao mesmo tempo em que apresenta importantes aspectos de sua biografia, como sua formação, as influências sofridas e exercidas, o contexto histórico e geográfico em que viveu, os anos de confinamento no gueto em Czernowitz, o exílio, a vida no pós-guerra e o reflexo de sua experiência de vida em sua obra. Também propõe uma reflexão sobre o pensamento de Theodor Adorno, cujas ponderações sobre Auschwitz estão entre as mais preciosas que a filosofia já propôs sobre o assunto. Assim, após uma apresentação sucinta do conceito de arte adorniano, o trabalho irá refletir a cerca da polêmica da lírica após Auschwitz, da oscilação entre possibilidade e impossibilidade de arte e do risco de banalização da catástrofe em sua representação estética. Estas questões serão esmiuçadas, dialogando com poemas de Rose Ausländer. Em seguida, será feito um esboço do desenvolvimento da forma e estilo na poesia de Rose Ausländer ao longo das três fases de seu processo de criação. Neste momento do trabalho será observado como se dá a variação dos temas no desenvolvimento de sua obra poética e mais especificamente, como a experiência do holocausto é recriada em sua poesia. Por fim será feita uma reflexão sobre em que medida é possível se afirmar que a poética de Rose Ausländer cumpre a função adorniana da obra de arte constituindo-se deste modo, numa representação sociológica autêntica e de crítica à violência.