Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Silva, Eunice Maria da |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/93/93131/tde-19042022-190658/
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Resumo: |
Desde as mais antigas manifestações artísticas em cavernas até as possibilidades gráficas digitais associadas a instrumentos que ampliam nossa visão e conhecimento do mundo, a arte contribuiu para desvendar a Natureza e moldar as formas de olhar, ver e conhecer o ambiente a nossa volta. O objetivo desse trabalho é analisar, ainda que preliminarmente, a arte feita a partir dos diálogos e convergências da arte com a Natureza e o ambiente, elegendo alguns exemplos ao longo da história para trazer à tona esses momentos em que arte e Natureza se ligam de forma coalescente, transcendente e/ou ativa e mutuamente transformadora, enquanto tece considerações para uma História da Arte Ambiental. Analisa como o olhar do artista -- e o contexto em que a arte é produzida -- tem se relacionado com o ambiente, com a paisagem, com os animais e com a Natureza, ao mesmo tempo em que evidencia relações da sociedade com o planeta e com Gaia. A pesquisa se desloca por duas esferas: a História da Arte e a História Ambiental apoiando-se em uma abordagem exploratória qualitativa. Essas \'histórias\' se interligam propondo reflexões entre arte e ambientalismo, dois fenômenos tão importantes em um momento de crise ambiental com reflexos em todos os setores da sociedade. No âmago dessa jornada está a própria convivência da humanidade com a Natureza, suas convicções, crenças, aspirações, avanços e retrocessos, que se refletem em trabalhos artísticos, os quais podem ser belos, sublimes, inquietantes, provocativos ou terríveis e intimidadores. Uma jornada que se inicia nas práticas mágico/ritualísticas, passa pela fotografia, a Land Art, o ambientalismo chegando até a chamada espiritualidade laica, evidenciando caminhos e expressões que extrapolam as questões temporais e dá sentido a muitas manifestações e motivações artísticas ambientais. Por fim, traz para análise a arte e saberes de comunidades originárias questionando a viabilidade de classificações anglo-euro-cêntricas nesses contextos, especialmente em suas relações com o ambiente e os outros seres. Algumas questões que emergiram desse percurso: Como nosso relacionamento com o meio ambiente se manifesta na Arte Ambiental? Essas obras serão um indicativo do estado da nossa sociedade em relação à Natureza? A arte pode tornar visível e acessível fenômenos e saberes que outras áreas do conhecimento humano não conseguem, especialmente as dimensões invisíveis a olhos reféns do materialismo? Embora não seja possível dar respostas definitivas a perguntas como essas, elas são subjacentes à pesquisa, norteando uma busca que, assim como a arte, nem sempre é passível de se definir objetivamente, não obstante, delineou-se o protagonismo das artes nessa rede de significados e saberes em alguns momentos em que a arte se voltou para o ambiente e as consequências das ações do ser humano sobre a Natureza. |