"O mundo transformado em laboratório: ensino médico e produção de conhecimento em São Paulo de 1891 a 1933"

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2004
Autor(a) principal: Silva, Márcia Regina Barros da
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8138/tde-01032005-111148/
Resumo: Este trabalho analisa as mudanças que ocorreram em São Paulo, entre o final do século XIX e início do século XX, e que permitem compreender como nesse período o ensino de medicina passou a fazer parte das relações entre saúde e sociedade. Foram examinadas as propostas de ensino surgidas entre os anos de 1891, quando da primeira lei que previu a instalação de uma escola médica no estado, e 1933, ano de criação da segunda faculdade de medicina paulista. Nesse período ocorriam diversas transformações nas relações médico científicas e na maneira de organizar o universo médico paulista, que também foram discutidas no trabalho. Criaram-se novas instituições como o Serviço Sanitário de São Paulo, as primeiras revistas médicas e a Sociedade de Medicina e Cirurgia de São Paulo. Além disso outras instituições existentes passavam por modificações, como o hospital da Santa Casa de Misericórdia e seus serviços. Estabelecida em 1912, a Faculdade de Medicina e Cirurgia de São Paulo estava em sintonia com aquelas transformações. Após a primeira turma de formados pela Faculdade em 1918 o universo médico se ampliou, com a criação de novas revistas e a consolidação da medicina experimental como uma forma hegemônica de produção de conhecimento e de trabalho médico. Minha intenção foi a de discutir como os processos de configuração do Estado, da nação e da república brasileira, na virada do século XIX, estavam intimamente relacionados com as definições científicas de saúde e educação que eram estabelecidas naquele momento.