Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Ramos, Marcela Castro |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5137/tde-08122021-144402/
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Resumo: |
INTRODUÇÃO: O câncer colorretal (CCR) é o terceiro tipo de câncer mais incidente e ocupa o segundo lugar nas causas de mortes por câncer em todo mundo. Programas de rastreamento para detecção precoce e tratamento já foram implementados em vários países, em sua maioria de alta renda, e mostraram redução nas taxas de incidência e mortalidade. As avaliações econômicas são uma ferramenta importante para apoiar a tomada de decisão sobre a incorporação de tecnologias em saúde e políticas públicas e, portanto, para uma alocação eficiente de recursos. OBJETIVO: Com o objetivo de justificar e informar o desenvolvimento de uma avaliação econômica de rastreamento do CCR no contexto de países em desenvolvimento, como o Brasil, revisamos evidências atualizadas para identificar as estratégias de rastreamento do CCR e seus resultados de custo-efetividade, metodologia dos estudos e parâmetros que mais impactam a análise. MÉTODOS: Revisamos sistematicamente as bases MEDLINE (PubMed), EMBASE, Portal Regional da Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), Scientific Electronic Library Online (SciELO); repositórios de avaliações econômicas: the Centre for Reviews and Dissemination: NHS Economic Evaluation Database (NHS EED); Health Technology Assessment Database (HTA); índices de citação bibliométricos: SCOPUS, Web of Science; revisão manual de referências listadas em artigos incluídos para identificar literatura relevante sobre avaliações econômicas completas de rastreamento do CCR em indivíduos assintomáticos com mais de 40 anos, em dezembro de 2020. Não houve restrição por idioma, local ou data. Uma síntese qualitativa dos dados foi realizada para descrever estratégias de rastreamento do CCR, desenhos do estudo, parâmetros-chave e razões de custo-efetividade incrementais. A qualidade do relato foi avaliada pelo roteiro Consolidated Health Economic Evaluation Reporting Standards (CHEERS). RESULTADOS: 79 artigos foram considerados elegíveis e incluídos nesta revisão. A maioria dos estudos era de países de alta renda e adotaram a perspectiva do terceiro pagador. Os modelos de Markov foram predominantemente empregados, embora os modelos de microssimulação tenham sido cada vez mais adotados nos últimos 15 anos. Encontramos 88 estratégias de rastreamento diferentes para o rastreamento do CCR, diferindo entre si pelo tipo de técnica, intervalo de rastreamento, estratégias isoladas ou combinadas. Todos os estudos, exceto em cinco nos quais o comparador adotado foi a Pesquisa de Sangue Oculto nas Fezes (PSOF) por teste guaiaco, apontaram o custo-efetividade do rastreamento em comparação à estratégia de não rastreamento. Um quarto das publicações relatou economia de custos e a PSOF por teste imunoquímico anual (fecal immunochemical test FIT) foi a estratégia predominante, ressaltando a importância das avaliações de custo-efetividade do rastreamento do CCR com testes mais baratos em países em desenvolvimento, onde os recursos são limitados. A qualidade do relato melhorou ao longo dos anos, mas a escolha do modelo e a identificação dos estudos como avaliações econômicas nos títulos e resumos devem ser melhor relatadas para a validade do modelo empregado e a otimização da identificação dos estudos em revisões, respectivamente. CONCLUSÕES: O rastreamento do CCR se mostrou custo-efetivo em comparação com o não rastreamento, principalmente em países de alta renda. Alguns estudos mostraram que o rastreamento foi mais efetivo e mais barato, demonstrando economia de custos. Novos estudos são necessários em países de baixa e média renda, onde altas taxas de incidência e mortalidade são observadas |