Interação de citocromo 2E1 induzido por etanol e estresse oxidativo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2001
Autor(a) principal: Azzalis, Ligia Ajaime
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/46/46131/tde-02102018-111259/
Resumo: Muitos autores associam as doenças alcoólicas hepáticas às deficiências nutricionais. Por outro lado, trabalhos experimentais estabelecem que a hepatotoxidade alcoólica relaciona-se especialmente à geração de espécies reativas através do sistema microsomal que oxida etanol via citocromo 450, principalmente o CYP2E1. O CYP2E1 hepático tem a capacidade de ativar algumas drogas comumente utilizadas, como o acetaminofeno, em seus metabólitos mais tóxicos e promover carcinogênese. Além. disso, o metabolismo pelo CYP2E1 resulta num aumento na produção de espécies reativas, com diminuição nos sistemas de defesa antioxidantes, estabelecendo o estresse oxidativo. Como a expressão do CYP2E1 é muito influenciada por fatores nutricionais e hormonais, este trabalho descreve os efeitos do tratamento com etanol nos níveis de CYP2E1 e sua relação com alguns parâmetros pró- e antioxidantes, considerando três modelos experimentais diferentes. Ratos machos Sprague Dawley com cerca de três meses de idade receberam ad lib. ração Purina (Purina Ind., Brasil) e, separadamente, uma solução 25 % etanol-20%sacarose durante 1, 2, 3 ou 4 semanas. Os grupos controles foram isocaloricamente pareados aos animais que consumiram etanol, ou receberam quantidades de sacarose equivalentes às calorias recebidas com o consumo de etanol. 18 h antes do sacrifício os animais foram mantidos em abstinência alcoólica, recebendo água e ração ou apenas água ad lib. Os resultados indicam que o consumo de etanol pode ser associado à estabilização do CYP2E1. No entanto, nas nossas condições experimentais, a presença da isoforma não está associada ao estresse oxidativo. Esses resultados indicam que as deficiências nutricionais, especialmente o baixo consumo de carboidratos, são fundamentais na potenciação do estresse oxidativo induzido pelo etanol.