Consumo alimentar e padrão de atividade física como determinantes do estado nutricional: um estudo longitudinal com adolescentes

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: Enes, Carla Cristina
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/6/6133/tde-14052010-090834/
Resumo: Introdução - O aumento da prevalência de obesidade entre a população jovem, motivou o crescimento do número de pesquisas que buscam identificar os fatores associados à ocorrência desse distúrbio nutricional. Objetivo - Identificar os fatores dietéticos e de atividade física associados à mudança do estado nutricional de adolescentes. Métodos - Trata-se de um estudo de coorte realizado com 256 adolescentes de ambos os sexos, com idade entre 10 e 17 anos, matriculados em escolas públicas de Piracicaba, São Paulo. Os adolescentes foram entrevistados em dois momentos, respeitando-se o intervalo médio de um ano. Avaliou-se o estado nutricional a partir do Índice de Massa Corporal, consumo alimentar habitual (questionário de freqüência alimentar para adolescentes - QFAA), padrão de atividade física (prática de atividades físicas e de atividades de baixa intensidade), maturação sexual e variáveis demográficas. A análise de regressão linear múltipla foi utilizada para identificar as possíveis associações. Definiu-se como variável dependente a variação anual do escore z do IMC e como variáveis independentes a variação anual do consumo de grupos alimentares de interesse e da prática de atividade física. Resultados - Verificou-se, para ambos os sexos, um aumento do uso de computador e consumo de bebidas artificiais adoçadas. Houve redução do consumo de lipídios, sucos naturais adicionados de açúcar e alimentos com elevado teor lipídico. O consumo de frutas, verduras e legumes aumentou no intervalo de um ano entre as meninas. Na análise múltipla, observou-se que o maior consumo de alimentos com elevado teor lipídico (=0,036, p=0,048) e de sucos naturais adicionados de açúcar (=0,053, p=0,034) associaram-se positivamente ao aumento do escore z do IMC. Conclusão - A variação do escore z do IMC de adolescentes no período de um ano mostra-se direta e independentemente associada a variações no consumo de alimentos ricos em lipídios e de sucos naturais adicionados de açúcar. 8 Novos estudos prospectivos com maior tempo de seguimento são necessários para que sejam produzidos resultados que esclareçam a complexa etiologia da obesidade