Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Labaki, Luis Felipe Gurgel Ribeiro |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/27/27161/tde-10032017-160430/
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Resumo: |
Este é um estudo sobre os escritos do cineasta Dziga Viértov e sobre a publicação desses documentos na União Soviética e, posteriormente, na Rússia. Na primeira parte deste trabalho, é analisado o primeiro momento de resgate da obra de Viértov na então URSS pouco após o falecimento do cineasta, em 1954. Relacionando esse processo ao contexto mais amplo do chamado Degelo e analisando o período que vai de 1957 a 1967, vemos como o redescobrimento dos filmes de Viértov correu em paralelo com o redescobrimento de sua obra escrita, através da publicação de seus artigos, diários e roteiros inéditos inicialmente em revistas e jornais, depois na primeira coletânea desses escritos a ser publicada na URSS, Statí. Dnevnikí. Zámisli (Artigos. Diários. Projetos), organizada por Serguei Drobachenko. Lançada em 1966 e fonte comum de todas as principais traduções de textos de Viértov hoje disponíveis em diversos idiomas, esta coletânea é aqui analisada criticamente: partindo de comentários de pesquisadores como Liév Rochál, Aleksandr Deriábin, John MacKay e Dária Krujkôva a respeito de imprecisões na reprodução dos textos no volume, sobretudo em relação a cortes realizados por motivos políticos, foi realizado para este trabalho um cotejo de todos os documentos incluídos em Statí. Dnevnikí. Zámisli com as versões desses mesmos materiais na recente edição Iz Nasliêdia da obra escrita de Viértov, publicada na Rússia em dois volumes (2004, 2008). A íntegra desse cotejo é apresentada como a Parte IV deste trabalho; na Parte I, a partir de exemplos concretos de artigos que foram modificados, são propostas e analisadas as características gerais dos cortes e reescrituras deliberadas realizadas pelo editor do volume, sendo ressaltados os limites - estéticos e políticos - deste primeiro momento de recuperação da obra do cineasta na então URSS. Na Parte II, partimos de diversos materiais incluídos na recente edição Iz Nasliêdia (em grande parte, até então inéditos) e também de documentos preservados no fundo de Viértov no RGALI, em Moscou, e no Österreichiche Filmmusem, em Viena, para estudar a \"última fase\" da carreira de Viértov, de 1938 a 1954, anos durante os quais o cineasta realiza poucos filmes, mas desenvolve mais de trinta projetos que acabaram não sendo realizados. Destacamos suas tentativas de realizar filmes infanto-juvenis, suas experiências durante a Segunda Guerra Mundial, seus projetos de retratos de pessoas comuns, seus textos autoreflexivos da década de 1940 e os últimos artigos que escreve a partir de sua experiência no cinejornal Nôvosti Dniá, onde trabalhou de 1944 até sua morte em 1954. Na Parte III desta dissertação, são apresentadas traduções feitas a partir dos originais em russo (publicados em Iz Nasliêdia e preservados no RGALI e no Österreichiche Filmmusem) de catorze textos do cineasta comentados ao longo das partes I e II. |