A representação da modernidade em Dziga Vertov

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Silva, Bruno Evangelista da
Orientador(a): Câmara, Antônio da Silva
Banca de defesa: Silva, Jair Batista da, Bamba, Mahomed
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais
Departamento: Não Informado pela instituição
País: brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/13689
Resumo: O presente trabalho visa investigar as representações da modernidade em Dziga Vertov. Nesse sentido, selecionamos três películas emblemáticas que manifestam o processo de desenvolvimento das forças produtivas na Rússia Soviética, a saber, A Sexta Parte do Mundo, Um Homem com uma Câmera e Entusiasmo ou Sinfonia de Dombass. Esses filmes evocam o processo de transformação moderna do período revolucionário à medida que associa revolução socialista e desenvolvimento produtivo numa espécie de “modernidade socialista”, através da qual demonstra a incompatibilidade da nova realidade com a reprodução ampliada do capital. Além disso, representa a desconstrução de formas anacrônicas, tradicionais e antigas atribuídas ao período imperial em nome de expressões imagéticas de racionalização, secularização e, sobretudo, da edificação de um “novo homem” moderno, consciente, produtivo e aliado dos instrumentos tecnológicos considerados revolucionários. Por outro lado, a associação do cineasta com novas possibilidades estéticas construídas na arte moderna permitiu a composição fílmica pautada em perspectivas críticas assentadas na perspectiva de “autonomia estética”, apesar do comprometimento ideológico das construções imagéticas com a dinâmica de superação das condições materiais da revolução de 1917. This present study aims to investigate the representations of modernity according to DzigaVertov. In order to accomplish it, we have selected three films that show the emblematic process of development of productive forces in Soviet Russia, namely, The Sixth Part of the World, Man with a Movie Camera and Enthusiasm or Dombass’ Symphony. These movies evoke the process of modern transformation of the revolutionary period as they associate socialist revolution and productive development in a kind of “socialist modernity”, through which they demonstrate the incompatibility between the new reality and the capital extended reproduction. Besides, they represent the deconstruction of anachronistic, traditional and ancient forms assigned to the imperial period on behalf of imagistic expressions of rationalization, secularization and above all the building of a modern, aware and productive "new man", an ally of technological instruments considered as revolutionary. On the other hand, the filmmaker association with new aesthetic possibilities built upon modern art, made it possible a filmic composition guided by critical perspectives based on an “aesthetic autonomy” perspective, despite ideological commitment of the imagery constructions with the dynamics of overcoming the material conditions of the 1917 revolution.