Estudo sôbre o comportamento da cana "bis", em relação às suas características agro-industriais

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 1970
Autor(a) principal: Cesar, Marco Antônio Azeredo
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/0/tde-20240301-143307/
Resumo: O presente trabalho teve como finalidade estudar a composição tecnológica da cana remanescente da safra anterior (cana bis), em face de sua utilização, quando ocorre excesso de matéria-prima nas usinas de açúcar. O experimento foi instalado em duas áreas ao redor do município de Piracicaba, para estudar as possíveis alterações que possam ter ocorrido na composição da cana-planta e soca. A coleta e as análises das amostras tiveram o seu inicio em agôsto de 1966, e, o seu término, em setembro de 1967, efetuando-se, neste período, 29 coletas, a intervalos regulares de 15 dias. Cada amostra vinda do campo era constituída por um feixe com 20 colmos, o qual, após a pesagem, era dividido em duas sub-amostras com 10 canas cada uma, destinadas, respectivamente, às análises da cana e do caldo. Pol, fibra e umidade constituíram os dados analíticos na cana. Brix, pol, açúcares redutores, cinzas, fósforo, gomas e acidez total constituíram os dados analíticos para o caldo, os quais possibilitaram os cálculos da pureza aparente, açúcar provável % de cana, coeficiente glucósico, coeficiente salino e a relação redutores / cinzas. Os dados foram analisados estatisticamente e discutidos, permitindo que se chegassem às seguintes principais conclusões: a) a cana-planta da Usina A, na safra bis, mostrou-se mais favorável, em relação à safra normal, para umidade, gomas e acidez total, não evidenciando, entretanto, diferenças no pêso de colmos, pol na cana, fibra, açúcares redutores, cinzas, fósforo, pureza aparente, coeficiente glucósico e relação redutores / cinzas; b) a soca da Usina A, na safra bis, apresentou melhores condições em relação à safra normal, para pêso de colmos, pol na cana, umidade, gomas e acidez total, não mostrando, todavia, diferenças para fibra, açúcares redutores, cinzas, fósforo, pureza aparente, açúcar provável % de cana, coeficiente glucósico, coeficiente salino e relação redutores/ cinzas; c) a cana-planta da Usina B, na safra bis, evidenciou-se mais favorável, em relação à safra normal, para pêso de colmos, cinzas, gomas, acidez total, coeficiente salino e relação redutores / cinzas, não mostrando, contudo, diferenças para pol na cana, Brix, pol no caldo, açucares redutores, pureza aparente, açúcar provável % de cana e coeficiente glucósico; d) a soca da Usina B, na safra bis, mostrou-se mais favorável, em relação à safra normal, para pêso de colmos, pol na cana, cinzas, gomas, acidez total e coeficiente salino, não ocorrendo, entretanto, diferenças para fibra, Brix, pol no caldo, açúcares redutores, fósforo, pureza aparente, açúcar provável % de cana, coeficiente glucósico e relação redutores / cinzas; e) os resultados obtidos, de maneira geral, não mostraram desvantagens para as canas bis, quando confrontados com as canas de safra normal; f) os resultados desfavoráveis à soca bis foram em menor número do que os para cana-planta bis, evidenciando que, na eventualidade de se ter que deixar canas em pé, é preferível que fiquem as primeiras.