Influência do sistema de despalha e do período de armazenamento, sôbre as características agro industriais da cana-de-açúcar

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 1971
Autor(a) principal: Novaes, Fernando Valadares
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/0/tde-20240301-143354/
Resumo: Procurou-se verificar o comportamento dos principais componentes do côlmo e do caldo da variedade de cana-de-açúcar CB 41-76, quando de sua despalha a fogo, bem como durante o período de espera entre o corte e a moagem, comparando-a, paralelamente, com a mesma variedade despalhada a mão. Os talhões experimentais encontravam-se instalados em quatro propriedades agrícolas da região açucareira de Piracicaba, no Estado de São Paulo. As coletas e as análises das amostras compreenderam o período de agôsto a novembro, na safra canavieira de 1968 / 69. A área de cada talhão experimental foi dividida em 8 blocos iguais e, cada qual, subdividido em duas parcelas contendo ambos os tratamentos. Das 16 parcelas, em 8 as canas foram despalhadas manualmente, cortadas, amostradas e retiradas do local, sendo então as 8 restantes despalhadas pelo fogo e tratadas como aquelas. A amostra de cada parcela era constituída de 10 feixes de 10 colmos cada um. Diariamente, todos os feixes sofriam pesagem individual e, a seguir, dois feixes de cada parcela eram destinados às análises programadas. Os feixes remanescentes, após a pesagem, permaneciam armazenados a céu aberto até o dia seguinte, quando se repetiam tôdas aquelas operações, e assim sucessivamente, até decorridas 96 horas após ao corte. Pêso e teor de fibra foram determinados para os colmos de cana. Brix, pol, cinzas, açúcares redutores e acidez total constituíram os dados analíticos para o caldo, que possibilitaram os cálculos de açúcar provável % de cana, coeficiente salino, coeficiente glucósico e pureza aparente. Os valores obtidos foram analisados estatisticamente e discutidos, fornecendo as seguintes principais conclusões: 1) No armazenamento, verifica-se um declínio sistemático no peso da cana, 24 horas após ao seu corte, sendo indiferente o modo pelo qual a sua despalha é executada; 2) Os sólidos solúveis do caldo de cana permanecem constantes até 48 horas depois da colheita, crescendo daí para diante, independentemente do tipo de despalha; já o local da ocorrência afeta quantitativamente o teor daqueles sólidos; 3) Percentualmente, a sacarose aparente do caldo da cana despalhada manualmente sofre um declínio significativo, após 96 horas do corte; para a cana despalhada a fogo, o valor da pol não se altera durante esse período; 4) O teor de fibra da cana aumenta para ambos os tratamentos, durante o armazenamento, embora de maneira mais acentuada para a cana queimada; 5) No período de espera entre o corte e o processamento, o caldo das canas não queimadas é muito mais rico em açúcares redutores que o das canas queimadas, com acentuado aumento em sua percentagem naquele intervalo de tempo. Quanto à acidez total do caldo, ela aumenta de modo semelhante para aqueles tratamentos; 6) O coeficiente de pureza dos caldos de ambos os tratamentos decresce, de modo semelhante, com a espera para a moagem, até 48 horas após ao corte; daí para diante, as perdas são maiores para a cana não queimada.