Como sou, como estou: imagem corporal e estado nutricional em mulheres solicitantes de cirurgia plástica estética

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Garcia, Alessandra Feierabend Engracia
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/59/59134/tde-15082017-124828/
Resumo: A especialidade da Cirurgia Plástica corresponde ao ramo da cirurgia que visa restaurar partes do organismo alteradas por deformidades congênitas ou adquiridas, bem como corrigir as desarmonias estéticas. Nos últimos anos houve um aumento expressivo no número de Cirurgias Plásticas Estéticas (CPE) realizadas no mundo e no Brasil. Entre os principais procedimentos cirúrgicos no Brasil encontram-se: a mamoplastia de aumento, a blefaroplastia, a lipoaspiração e a abdominoplastia, sendo as mulheres a grande maioria, além de serem mais insatisfeitas com a sua aparência em relação aos homens. Tal situação pode ser um dos principais motivos pela busca da CPE. A Imagem Corporal é representada por dimensões atitudinais e perceptivas, as quais se relacionam com a aparência dos indivíduos sofrendo influências socioculturais, dentre outros elementos do ambiente, que podem afetar o comportamento e atitudes destes. O objetivo do presente estudo foi investigar a IC e o Estado Nutricional de mulheres solicitantes de CPE, em um serviço de CPE particular, na cidade de Ribeirão Preto/SP. Uma amostra de 40 mulheres adultas divididas em dois grupos, Clínico e de Comparação, com características etárias, educacionais e socioeconômicas semelhantes. As participantes responderam aos questionários de Caracterização da Amostra, Critério de Classificação Econômica Brasil, Multidimensional sobre as Relações com o Próprio Corpo, Inventário de Esquemas sobre a Aparência e foram submetidas à Avaliação do Estado Nutricional por meio da Avaliação Antropométrica, Composição Corporal e Análise Bioquímica de sangue e urina. Os resultados obtidos para G1 foram: a maioria das participantes que apresentavam sobrepeso e obesidade, estavam insatisfeitas desde a infância/adolescência, realizavam tentativas de mudanças de hábitos alimentares seguindo blogs, revistas, utilização de dietas da moda e aplicativos, não faziam acompanhamento nutricional com nutricionista, apresentavam nível severo de preocupação com o seu Estado Nutricional de acordo com IMC e sofriam de ansiedade em relação ao sobrepeso. Também estavam mais motivadas e investiam demasiadamente nas crenças sobre a IC, uso frequente de psicotrópicos e acompanhamento psicoterapêutico. As participantes do G2 estavam Eutróficas na sua maioria, mais satisfeitas em relação ao G1, não haviam mudado seu comportamento alimentar nos últimos 30 dias, e também não realizavam acompanhamento nutricional, pois se preocupavam pouco com o Estado Nutricional. Também não investiam na mesma proporção em crenças relacionadas à IC, nem faziam acompanhamento psicoterapêutico e uso de psicotrópicos. Portanto, torna-se essencial uma maior atenção em relação ao EN e acompanhamento psicoterapêutico dessas mulheres direcionados às necessidades individuais. Neste sentido, a detecção e a prevenção precoces de possíveis riscos e futuras complicações provocados por deficiências nutricionais e comportamentos inadequados podem contribuir significativamente para a garantia de resultados cirúrgicos mais satisfatórios, além da diminuição dos dispêndios com Sistema Único de Saúde e de Saúde Complementar (convênios), assim como a redução do estresse emocional e possíveis execuções jurídicas de ambas as partes (médico-paciente).