Estrutura do dossel e taxa de consumo de forragem de capim-elefante cv. Napier submetido a estratégias de pastejo rotativo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Geremia, Eliana Vera
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11139/tde-22032013-092217/
Resumo: Na natureza, durante milhares de anos de convivência, gramíneas forrageiras e herbívoros passaram por um processo de co-evolução desenvolvendo múltiplas estratégias de sobrevivência e de adaptação. Práticas de manejo que interferem na forma como a forragem é disponibilizada aos animais (estrutura do dossel forrageiro) podem causar mudanças dos padrões de procura e ingestão de forragem e interferir com o desempenho animal. Nesse contexto, o objetivo deste estudo foi avaliar a estrutura do dossel forrageiro e a taxa de consumo de forragem em pastos de capim-elefante cv. Napier (Pennisetum purpureum Schum.) submetidos a estratégias de pastejo rotativo. O experimento foi conduzido em área da Escola Superior de Agricultura \"Luiz de Queiroz\", Piracicaba, SP, de janeiro de 2011 a abril de 2012. Os tratamentos corresponderam a combinações entre duas condições pós- (alturas pós-pastejo de 35 e 45 cm) e duas condições pré-pastejo (95% e máxima interceptação de luz pelo dossel forrageiro - IL), alocados às unidades experimentais (piquetes de 870 m²) segundo arranjo fatorial 2x2 e delineamento de blocos completos casualizados, com quatro repetições. Foram avaliadas em pré- e em pós-pastejo as seguintes variáveis-resposta: distribuição vertical dos componentes morfológicos da massa de forragem dos pastos, taxa de bocados, massa do bocado, taxa de consumo e valor nutritivo da forragem consumida (composição morfológica e bromatológica de amostras de extrusa).A estrutura do dossel influenciou fortemente a massa do bocado, a taxa de bocados e a taxa de consumo independente de tratamento e época do ano. Em pré-pastejo, apesar de a massa do bocado ter sido maior nos pastos manejados com a meta ILMáx, não houve diferença em taxa de consumo entre as metas de IL avaliadas, resultado da maior taxa de bocados registrada nos pastos manejados com a meta IL95%. Em pós-pastejo a taxa de consumo também não variou entre as metas de IL avaliadas, sendo observados ajustes na taxa de bocados como forma decompensar as variações em massa do bocado. As metas de altura pós-pastejo modificaram a composição morfológica e bromatológica da forragem consumida, as quais variaram também em função da época do ano. De maneira geral, pastos manejados com a meta IL95% e altura pós-pastejo de 45 cm resultaram em maior porcentagem de folhas na extrusa, o que conferiu melhor taxa de consumo e valor nutritivo da forragem consumida pelos animais em pastejo.