Padrões de ingestão e a exploração dos horizontes de pastejo por ovinos em diferentes estratégias de manejo do pasto

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Schons, Radael Marinho Três
Orientador(a): Carvalho, Paulo Cesar de Faccio
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/233230
Resumo: O objetivo desse estudo foi avaliar a exploração dos horizontes de pastejo pelos animais, bem como o padrão e a taxa de ingestão por ovinos em pastos de azevém anual sob metas de manejo do pasto contrastantes em pastoreio rotativo. O delineamento experimental foi o de blocos completamente casualizados, com duas estratégias de manejo do pasto e duas repetições de área em três períodos de avaliação. Os dois tratamentos propostos foram o pastoreio rotativo tradicional (RT) com 25 e 5 cm de altura (pré- e pós-pastejo, respectivamente), objetivando maior acúmulo de forragem e máxima colheita do pasto pelos animais; e o pastoreio Rotatínuo (RN) com altura de manejo do pasto de 18 e 11 cm, (pré- e pós-pastejo, respectivamente), objetivando a máxima taxa de ingestão de forragem pelos animais. O regime de ocupação da faixa de pastejo foi de 24h. O experimento foi realizado entre junho e setembro de 2017. Foram utilizadas 12 borregas cruza Texel x Ideal com peso vivo médio de 35±4,3kg. Foi utilizada a técnica do monitoramento contínuo de bocados para observar as ações alimentares dos animais de maneira instantânea durante o período diurno de pastejo. Os horizontes de pastejo foram divididos em três: A, B e C, e foram associados aos diferentes tipos de bocado realizados pelos animais. O tempo de pastejo foi semelhante entre tratamentos (369 min dia-1 ). A massa do bocado (0,110 e 0,86 g MS-1 ), a taxa de bocados (21 e 16 bocados/min), a taxa de ingestão (2,22 e 1,36 g MS min-1 ) e o consumo observado (882 e 589 g MS dia-1 ) foram maiores no RN comparado ao RT, respectivamente. A massa de bocado e a taxa de ingestão foram maiores no turno da tarde do que pela manhã nos dois tratamentos. No RN os animais não apresentam diferença no tempo de pastejo, taxa de bocados e consumo observado entre os turnos, enquanto no RT a maior atividade de pastejo é durante a tarde (Capítulo II). Os bocados de horizonte A são mais predominantes no RN (58%) do que no RT (26%). Já bocados de horizonte B (55 e 39%) e C (19 e 3%) são mais frequentes no RT comparado ao RN, respectivamente. Os animais exploram os horizontes de pastejo de forma integrada desde a primeira hora da entrada na nova faixa de pastejo. No entanto, a maior diversidade de bocados realizados ao longo do dia foi observada no RN, enquanto no RT diminui conforme aumenta o tempo de ocupação da faixa de pastejo (Capítulo III). Em conclusão, a intensidade de depleção altera a estrutura do pasto e influencia a dinâmica de exploração dos horizontes de pastejo e a taxa de ingestão de forragem. No RN predominam bocados no horizonte superior do pasto, e por consequência maior é a ingestão de MS por unidade de tempo.