Estrutura do dossel, interceptação de luz e acúmulo de forragem em pastos de capim-marandu submetidos a estratégias de pastejo rotativo por bovinos de corte

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2007
Autor(a) principal: Souza Junior, Salim Jacaúna de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Luz
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11139/tde-02072007-102519/
Resumo: Variações em estrutura e condição do dossel forrageiro determinam e condicionam as respostas tanto de plantas como de animais no ecossistema pastagem. O objetivo deste trabalho foi analisar e descrever o efeito de combinações entre intensidades e freqüências de pastejo sobre a estrutura do dossel, interceptação de luz e acúmulo de forragem em pastos de Brachiaria brizantha cv. Marandu submetidos a pastejo rotativo por bovinos de corte. O experimento foi realizado no Departamento de Zootecnia da USP/ESALQ, de outubro de 2004 a dezembro de 2005. Os tratamentos experimentais compreenderam a combinação entre duas intensidades (altura póspastejo de 10 e 15 cm) e dois intervalos entre pastejos, ou seja, o período de tempo necessário para se atingir 95 e 100% de interceptação da luz incidente pelo dossel durante a rebrotação (IL), e foram alocados aos piquetes experimentais de 1.200 m2 segundo um delineamento de blocos completos casualizados, arranjo fatorial 2 x 2 e 4 repetições. Foram estudadas as variáveis: interceptação de luz, altura do dossel, índice de área e ângulo da folhagem, massa de forragem, distribuição vertical dos componentes morfológicos no perfil dos pastos, densidade volumétrica e acúmulo de forragem. A estrutura do dossel na condição de pré-pastejo apresentou consistentemente cerca de 50% de sua porção superior composta por lâminas foliares independentemente da época do ano e do tratamento. A distribuição dos componentes morfológicos no perfil vertical dos pastos variou com a época do ano e com a estratégia de pastejo aplicada. Pastos manejados com 95% de IL apresentaram maior presença de folhas, e aqueles manejados com 100% de IL resultaram em maior presença de colmos e material morto. No geral, a meta almejada de altura pós-pastejo dos pastos de 95% de IL foi mantida relativamente constante durante todo o período experimental. Por outro lado, a altura pós-pastejo dos pastos submetidos ao tratamento 100/10 aumentou durante o experimento e atingiu um valor 56% superior à meta original ao final. As metas de 95% e 100% de IL estiveram consistentemente associadas a valores de altura dos pastos relativamente estáveis de 25 e 35 cm, respectivamente. Pastos manejados com 95% de IL apresentaram maior área de folhas residual e interceptaram mais luz logo após o pastejo, o que possibilitou rebrotações mais rápidas, intervalos entre pastejos mais curtos e maior número de ciclos de pastejo. Não houve diferença em acúmulo de forragem entre os tratamentos avaliados, porém a proporção de folhas foi maior para os tratamentos de 95% de IL. Com base nos padrões de IL e variações em características estruturais dos pastos ao longo da rebrotação, a estratégia de pastejo mais adequada para o capim-marandu seria aquela com pastejos realizados quando 95% da IL seja atingida (25 cm de altura) durante a rebrotação e rebaixados até uma altura pós-pastejo de 15 cm.