Avaliação da influência de cetose em vacas leiteiras

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 1997
Autor(a) principal: Lago, Ernani Paulino do
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11139/tde-20190821-114712/
Resumo: Um estudo foi conduzido com o objetivo de avaliar a incidência de cetose em vacas leiteiras no início da lactação através da análise de beta-hidroxibutirato (BHBA), glicose e aspartato-aminotransferase (AST) no plasma. Os efeitos de BHBA, condição corporal e perda de condição corporal sobre a perfomance lactacional e o uso de testes de campo para monitorar vacas com cetose também foram avaliados. Cento e dezoito vacas holandesas de um rebanho comercial, que pariram entre 5 de fevereiro a 24 de junho de 1996, foram estudadas com relação à ordem de lactação, produção de leite, teor de gordura e presença de corpos cetônicos (CC) no leite, peso e condição corporal, níveis plasmáticos de BHBA, glicose e AST durante as oito primeiras semanas de lactação. Também foram observadas as doenças que ocorreram neste período. A cetose subclínica foi observada em 16 animais, representando 13,5% da amostra, sendo que apenas um caso evoluiu para a forma clínica. O pico de incidência ocorreu na primeira e segunda semanas de lactação com tendência a ser maior em vacas mais velhas. Os testes de campo foram eficientes para detectar a maioria dos animais com cetose, exceto na primeira semana de lactação. O escore de condição corporal (ECC) ao parto não afetou a produção de leite e a incidência de doenças o período pós-parto. Todavia as vacas que tiveram intensa mobilização de reservas corporais (avaliada através da perda de mais de 40 kg de peso vivo e 1 ECC), tiveram significativamente menor produção de leite e maior incidência de cetose e problemas de casco sendo esta portanto, mais prejudicial do que a própria condição corporal ao parto, BHBA maior que 10 mg/dl afetou negativamente a produção de leite no início da lactação porém seus níveis não estiveram associados às doenças que ocorreram neste período. Em conclusão, o ECC ao parto não afetou a performance das vacas no pós-parto, entretanto grande mobilização de reservas ) aumentou a incidência de cetose e reduziu a produção e leite. Assumiu-se que a cetose esteja ocorrendo com incidência semelhante em vários outros rebanhos que adotam o mesmo nível no manejo, conforto e práticas de alimentação que o do rebanho estudado, e foi sugerido que o supercondicionamento das vacas ao parto deve ser evitado