Mobilidade do trabalho e disponibilidade de médicos no Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Costa Lima, Arnaldo Ribeiro
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/6/6135/tde-07042014-125740/
Resumo: Compreendendo a mobilidade do trabalho como um fenômeno que promove o deslocamento espacial, setorial e profissional de trabalhadores, com o objetivo de o capital explorar força de trabalho e acumular excedente econômico e observando que os médicos no Brasil trabalham de forma particularmente diversificada, transversa e longitudinalmente, em múltiplos sub-empregos, procura-se apreender dimensões da mobilidade da força de trabalho de médicos no sistema brasileiro de serviços de saúde. Com a intenção de contribuir para a compreensão e crítica do fenômeno da disponibilidade desses profissionais, como processo sócio-histórico significante para a implementação do Sistema Único de Saúde, desenvolvem-se táticas de aproximação sucessiva ao empírico da mobilidade do trabalho de médico, em diversidade metodológica, pela integração de métodos quantitativos e qualitativos, utilizando-se de entrevista, pesquisa bibliográfica e análise de documentos e de dados secundários de pesquisas. Apreende-se, além de espacial, setorial e profissional, um deslocamento temporal na mobilidade da força de trabalho de médicos no modo como se dispõe no sistema brasileiro de serviços de saúde. Captura-se o desenvolvimento de estratégias e contra-estratégias de mobilidade, indicando-se que, constituído como um dilema, da falta ou da má distribuição de médicos, o problema culmina tratado muitas vezes de forma derivada, restrita e recalcada, apesar de aludidos os seus condicionantes e determinantes. Colhem-se representações e categorias de pensamento de atores dos sistemas de formação, de gestão de sistema de serviço de saúde e de representação da categoria profissional de médicos sobre possibilidades e limites de interiorização do trabalho médico no Brasil denotativas da fragmentação e segmentação do sistema brasileiro de serviços de saúde. Prestam-se outras contribuições para estudos de epidemiologia, de sociologia do trabalho e de psicologia do trabalho.